Ancara - A Organização Internacional para as Migrações (OIM) anunciou ter enviado esta quinta-feira de manhã para o noroeste da Síria, zona afectada pelo sismo de segunda-feira que também atingiu a Turquia, seis camiões com ajuda humanitária.
Num comunicado, a OIM salienta tratar-se da primeira remessa do Programa Transfronteiriço da organização feita após o terramoto a partir da localidade de Gaziantep, no sul da Turquia.
Esta primeira remessa envolve bens de primeira necessidade para apoiar até 5.000 pessoas.
Um sismo de magnitude 7,8 na escala de Richter atingiu na segunda-feira o sudeste da Turquia e o norte da vizinha Síria. Foi seguido de várias réplicas, umas das quais de magnitude 7,5.
A OIM destacou que, além do forte sismo da passada segunda-feira, a região noroeste da Síria, em particular, enfrenta há 12 anos uma guerra civil, que deixou já 15,3 milhões de sírios numa situação de "extrema necessidade de assistência humanitária".
A organização referiu ter iniciado em 2014 o primeiro Programa Transfronteiriço para o noroeste da Síria, centrado na aquisição, armazenamento, remessa e distribuição de bens de ajuda humanitária "para salvar vidas".
Desde então, as operações transfronteiriças da OIM cresceram, para incluir actividades humanitárias em diferentes sectores, incluindo o fornecimento de abrigos, de água potável e saneamento e ainda bens de socorro, protecção e segurança alimentar.
Nesse sentido, a OIM apela à comunidade internacional para se solidarizar com todos os afectados por esta tragédia, mobilizar recursos financeiros e trabalhar colectivamente para responder às crescentes necessidades humanitárias de todos os afectados.
O último balanço provisório das autoridades dos dois países dá conta que o número de mortos ultrapassou os 17.500.
Na Turquia, o balanço é de pelo menos 14.351 mortos, segundo avançou o vice-presidente turco, Fuat Otkay.
Já na Síria, os novos dados provisórios confirmam a morte de pelo menos 3.162 pessoas.
Por outro lado, e segundo a agência de notação financeira Fitch, as perdas económicas provocadas pelo sismo e réplicas "deverão ultrapassar os 2.000 milhões de dólares e atingir os 4.000 milhões (de 1.860 milhões a 3.720 milhões de euros)".