Oslo – O prémio Nobel da Paz 2021 foi entregue aos jornalistas Maria Ressa (Filpinas) e Dmitry Muratov (Rússia), que lutam pela liberdade de expressão e contra o autoritarismo nos seus respectivos países em "condições cada vez mais difíceis", segundo o a Lusa.
Estes jornalistas “corajosos” e “notáveis” foram premiados “pelos seus esforços na salvaguarda da liberdade de expressão, que é uma condição imprescindível para a democracia e para a paz duradoura”, escreve a Agência de Noticias Portuguesa.
Durante o anúncio do prémio, esta sexta-feira, 08, a partir de Oslo, foi explicado que este prémio também é atribuído porque estes dois jornalistas podem ser considerados “representantes de todos os jornalistas que lutam por estes ideais, num mundo em que a democracia e a liberdade de expressão enfrentam condições cada vez mais adversas”.
Maria Ressa é uma antiga jornalista da CNN que “usa a liberdade de expressão para trazer a público os abusos do poder, o recurso à violência e o crescente autoritarismo que existe no seu país natal”, as Filipinas. Em 2012, a jornalista co-fundou a Rappler, uma empresa vocacionada para o jornalismo de investigação da qual é presidente.
Através dos meios que tem ao dispor, Maria Ressa “tem demonstrado ser uma defensora destemida da liberdade de expressão” e o Rappler, em particular, tem sido um agente crucial no escrutínio ao “regime de Duterte”, um regime “controverso” e “assassino”, afirmou a representante do comité que atribui este prémio anualmente, na data da morte de Alfred Nobel (neste caso, um pouco antes, já que esse dia foi 10 de Dezembro, que este ano é um domingo).