Daca - Dezenas de milhares de pessoas invadiram esta quarta-feira as ruas da capital do Bangladesh para manifestar desagrado face ao aumento do custo de vida e para exigir a demissão da primeira-ministra Seikh Hasina e a realização de eleições antecipadas.
Os manifestantes responderam, assim, aos apelos do Partido Nacionalista do Bangladesh (BNP, na sigla inglesa) e outros aliados da oposição que organizaram os protestos em Daca e também noutras nove cidades do país.
Segundo a polícia, cerca de 50 mil manifestantes vieram a Daca para ouvir Abbas, libertado segunda-feira da prisão, um mês após a grande repressão contra activistas da oposição.
Vários outros dirigentes do partido adiantaram que milhares de manifestantes participaram também nas manifestações organizadas noutras cidades do país.
O Bangladesh continua a ser uma das economias de crescimento mais rápido da Ásia, mas o conflito na Ucrânia forçou o Governo a suspender as importações de gás e de combustíveis.
Em 2022, após o início da invasão russa da Ucrânia, o aumento dos preços dos alimentos e dos combustíveis forçou o Governo de Hasina a impor longos cortes de energia e a aumentar a distribuição de alimentos aos pobres.
A moeda de Bangladesh, o taka, desvalorizou quase 25 por cento, o que elevou o custo da importação de alimentos e tornou a vida ainda mais difícil para os mais vulneráveis.