Luanda – Trezentos e cinquenta cidadãos russos, maiores de 18 anos, residentes em Angola estão inscritos para votar nas eleições presidenciais de 17 de Março, disse o embaixador daquele país, Vladimir Tararov.
Em declarações hoje à ANGOP, em Luanda, a propósito do pleito, o diplomata disse que eleitores poderão dirigir-se a partir do dia 17 deste Mês no departamento consular da Embaixada da Rússia, sito na Rua Cristiano dos Santos 2-4, em Luanda, das 09h00 às 18h00 para votar no candidato da sua preferência.
“Estão já criadas medidas adequadas para garantir a segurança no local da votação, tanto dos eleitores como dos membros da comissão eleitoral”, garantiu Vladimir Tararov.
Avançou que a fiscalização do processo de votação está a cargo de um instituto de observadores, integrado por cidadãos idóneos, membros das associações públicas e profissionais, sindicatos e associações de empregados.
Questionado sobre os principais desafios do próximo presidente da Rússia, disse que o vencedor do pleito deverá prestar uma atenção especial ao desenvolvimento e consolidação da economia, que passa pela melhoria do bem-estar da população e pelo fortalecimento dos sectores-chave.
“Sectores como indústria transformadora, agricultura, produção de bens alimentares, sistema financeiro e divisa nacional (rublo), bem como o comércio externo, devem ser fortalecidos”, defendeu.
No campo da política externa, prosseguiu, a Rússia deve continuar o seu rumo de cooperar com outros Estados soberanos, na base da igualdade e do respeito mútuo e do equilíbrio de interesses.
“África é o continente do futuro que está a se tornar genuíno pólo independente no mundo multipolar emergente”, admitiu o diplomata russo.
Tararov é embaixador plenipotenciário da Federação da Rússia em Angola e São Tomé e Príncipe desde 2017. De 1991 a 1992 integrou a Comissão Conjunta Político/Militar (CCPM) para as conversações de Paz em Angola e trabalhou em Estrasburgo no Conselho da Europa.
Exerceu igualmente o cargo de embaixador da Rússia na Bielorrússia (Minsk) e funções de diplomata em Cabo Verde e Marrocos. MOY/JM