Bruxelas - A alta representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros, Kaja Kallas, afirmou hoje que a auto-proclamação de Lukashenko como presidente da Bielorrússia, após as eleições de domingo será uma afronta à democracia" sem legitimidade.
Alexander Lukashenko manteve-se no poder durante 30 anos. Amanhã (domingo) irá proclamar-se novamente em mais uma farsa eleitoral. Isto constitui uma afronta flagrante à democracia, anunciou a Lusa.
Lukashenko não tem legitimidade, escreve a chefe da diplomacia europeia, numa mensagem nas redes sociais.
A presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, enviou também esta manhã uma mensagem ao povo bielorrusso para pedir que se mantenha forte nas eleições presidenciais de hoje, domingo, sublinhando ao mesmo tempo o apoio da UE e que "a ditadura acabará".
Numa resolução adoptada na quarta-feira, os euro-deputados apelaram à UE, aos seus Estados-membros e à comunidade internacional para não reconhecerem a legitimidade daquele que é considerado o último ditador da Europa, Alexander Lukashenko, após a votação de 26 de Janeiro.
Dois dias depois, a Comissão Europeia (CE) afirmou que as eleições presidenciais são "anti-democráticas" e uma "farsa".
O líder da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, concorre a um sétimo mandato presidencial nas eleições de domingo, já contestadas pela oposição e pela comunidade internacional.
Cerca de sete milhões de bielorrussos começaram a votar, de forma antecipada, na terça-feira, uma manobra que a oposição denuncia como sendo uma forma de praticar fraude eleitoral. GAR