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Jornalista assassinado no violento estado mexicano de Guanajuato

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  • Luanda • Segunda, 05 Agosto de 2024 | 11h43
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Cidade do Mexico - O jornalista mexicano Alejandro Alfredo Martínez Noguez foi hoje morto a tiro no município de Celaya, no estado de Guanajuato, no centro do México, anunciaram as autoridades.

Martínez Noguez, um repórter policial com mais de 30 anos de experiência, estava a ser protegido pela polícia municipal de trânsito e viajava num carro patrulha para realizar o seu trabalho jornalístico, segundo a Lusa. 

Antes de ser atacado, realizou um vídeo na sua página na rede social Facebook sobre uma pessoa que havia sido atropelada na Rodovia Pan-Americana.

Quando estava a ser transportado de volta, o veículo em que viajava foi alvejado por pessoas numa carrinha branca.

Uma das balas atingiu-o na cabeça, pelo que os agentes fardados o levaram para o Hospital Geral de Celaya, onde a sua morte foi confirmada momentos depois.

Os agentes de trânsito não sofreram ferimentos.

Em Novembro de 2022, o jornalista tinha sofrido outra tentativa de assassínio, também no município de Celaya.

Era conhecido como "El hijo del llanero solititito" (Filho do ranger solitário), nome da sua página no Facebook, na qual tinha mais de 342 mil seguidores.

Celaya, a terceira maior cidade de Guanajuato, é onde mais polícias e agentes de trânsito foram mortos no México este ano.

Em 23 de Julho, o subsecretário federal de Segurança Pública, Luis Rodríguez Bucio, disse que dos 40 homicídios de agentes de segurança em Guanajuato este ano, 18 ocorreram em Celaya.

Nos últimos seis anos, no Governo do Presidente cessante Andrés Manuel López Obrador, 46 jornalistas foram assassinados e quatro desapareceram no México entre 01 de Dezembro de 2018 e 31 de Março de 2024, de acordo com dados da organização Artigo 19º, uma organização não-governamental de direitos humanos surgida em 1987, em Londres, com a missão de defender e promover o direito à liberdade de expressão e de acesso à informação em todo o mundo.

A sua designação tem origem no 19.º artigo da Declaração Universal dos Direitos Humanos da ONU, que diz que " Todos os seres humanos têm direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de, sem interferência, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e ideias por quaisquer meios e independentemente de fronteiras". CQ/GAR





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