Tóquio - Yukio Edano, o líder do principal partido da oposição do Japão, anunciou hoje (terça-feira) a sua demissão após os resultados decepcionantes das eleições gerais de domingo, em que o partido no poder venceu.
O Partido da Constituição Democrática do Japão (CDPJ) ganhou 96 lugares na Câmara Baixa do Parlamento japonês nas eleições, contra 110 na legislatura anterior, apesar de concorrer como bloco com quatro outras forças progressistas da oposição.
"Eu estava a trabalhar para formar um Governo, mas o que obtivemos foi um resultado decepcionante", disse Edano numa reunião do comité executivo do seu partido, que foi noticiado nos meios de comunicação locais.
"Peço desculpa pela minha incapacidade de liderar o partido", acrescentou o político, que disse que assumiria a sua responsabilidade ao renunciar à sua posição à frente do PCDJ, partido que liderava desde 2017.
Edano era conhecido e respeitado pelos japoneses por ser o rosto e porta-voz mais visível do governo durante a crise nuclear de Fukushima 2011 sob o agora extinto executivo do Partido Democrático do Japão.
O LDP do primeiro-ministro Fumio Kishida ganhou 261 lugares em 465 na Câmara Baixa nas eleições de domingo, ganhando uma confortável maioria com o seu parceiro no poder, o Partido Budista Komeito, e o quarto mandato consecutivo do partido conservador.
O partido tem governado o Japão quase ininterruptamente desde 1955, sendo as únicas excepções os períodos 1993-1996 e 2009-2012.