Tóquio - O Japão e os Estados Unidos iniciaram hoje exercícios militares conjunto no sudoeste nipónico, numa região parcialmente reivindicada pela China, após a Coreia do Norte ter lançado dezenas de mísseis.
Os exercícios bienais "Keen Sword" começaram numa base aérea japonesa no sul do Japão e também foram realizados em vários outros locais, dentro e ao largo do Japão, até 19 de Novembro.
Pelo menos 26 mil soldados japoneses e 10 mil americanos, bem como 30 navios e 370 aeronaves de ambos os lados, devem participar nos exercícios, segundo o Ministério da Defesa japonês. Austrália, Grã-Bretanha e Canadá também se juntarão a partes dos exercícios.
Exercícios de campo conjuntos, que incluem aterragem anfíbia, estão planeados em ilhas remotas do sudoeste do Japão, incluindo Tokunoshima, Amami e Tsutarajima.
As autoridades chinesas reivindicam praticamente todo o mar do Sul da China, onde já construiu ilhas artificiais equipadas com instalações militares e aeródromos.
Pequim também reivindica uma série de ilhas que são controladas pelo Japão no mar da China Oriental.
O exercício conjunto ocorre após a Coreia do Norte ter disparado pelo menos 34 mísseis desde 02 de Novembro, o último dos quais na quarta-feira, em direcção ao mar do Japão.
Em 03 de Novembro, Pyongyang disparou três mísseis balísticos, um dos quais activou alertas em várias regiões do Japão, apesar de aparentemente não ter sobrevoado o arquipélago, devido a uma falha em pleno voo.
O primeiro-ministro japonês Fumio Kishida, citando o agravamento da segurança na região, prometeu aumentar substancialmente a capacidade militar do país e possivelmente permitir a capacidade de ataque preventivo para atacar locais de lançamento de mísseis inimigos.
Estes planos devem ser incluídos numa estratégia de segurança nacional revista e em directrizes de defesa de médio a longo prazo, cuja divulgação é esperada ainda este ano.