Bruxelas - O mês de Janeiro foi o mais quente alguma vez registado e a temperatura excedeu em 1,75 graus celsius (°C) o nível pré-industrial, sendo o 18.º mês dos últimos 19 com uma temperatura média acima dos 1,5°C, segundo a Lusa.
De acordo com o serviço europeu de observação da Terra Copernicus, que divulga hoje os dados, nem o surgimento de uma 'La Niña' - fenómeno meteorológico natural cíclico de diminuição da temperatura no oceano Pacífico, em contraponto com o aquecimento provocado pelo 'El Niño' - impediu que o mês passado fosse a nível mundial o mais quente de sempre.
Segundo o relatório do serviço Copernicus, a temperatura média global do ar foi de 13,23 °C, mais 0,79 °C que a média de 1991-2020 para o mês de Janeiro.
O serviço Copernicus especifica que o último período de 12 meses (Fevereiro de 2024 - Janeiro de 2025) foi 0,73 °C acima da média de 1991-2020, e 1,61 °C acima da média estimada de 1850-1900, utilizada para definir o nível pré-industrial.
Na Europa a temperatura média em Janeiro foi 2,51 °C acima da média de Janeiro de 1991-2020, a segunda mais quente depois de Janeiro de 2020, que foi 2,64 °C acima da média.
No leste da Europa, incluindo a Rússia oriental, foi onde as temperaturas estiveram mais altas, com a Islândia, Reino Unido, Irlanda e norte de França a registarem, ao contrário, temperaturas mais abaixo da média.
No resto do mundo, temperaturas mais acima da média no Canadá, Alasca e Sibéria, sul da América do Sul, África e em parte da Austrália e Antártida.
Inferiores à média foram registadas nos Estados Unidos, península Arábica e Sudeste Asiático.
A temperatura média da superfície do mar em Janeiro registou o segundo valor mais alto jamais registado para Janeiro (20,78 °C) só ultrapassado por Janeiro do ano passado.
Em termos hidrológicos, Janeiro foi mais húmido do que a média em regiões da Europa Ocidental e partes de Itália, da Escandinávia e dos países bálticos, e mais seco do que a média no norte do Reino Unido e da Irlanda, no leste de Espanha e a norte do Mar Negro.
O gelo marinho do Ártico atingiu a extensão mensal mais baixa em Janeiro, 6% abaixo da média, praticamente empatado com Janeiro de 2018.
A extensão do gelo marinho na Antártida foi 5% inferior à média. GAR