Gaza - O exército israelita admitiu hoje que ainda existam terroristas do movimento islamita Hamas no seu território após o ataque de 07 de Outubro, que deixou mais de 1.400 mortos e cerca de 200 sequestrados, anunciou a Agência France Presse (AFP).
“É importante enfatizar que o trabalho de expulsão de terroristas nos arredores (da Faixa de Gaza) não terminou. Ainda é uma zona de guerra", disse o porta-voz do exército israelita, Daniel Hagari, segundo um comunicado publicado no portal das Forças de Defesa de Israel.
Assim, destacou que as tropas israelitas realizaram durante as últimas 24 horas "ataques limitados para supervisionar e obter informações sobre os desaparecidos" após o ataque do Hamas, ao mesmo tempo confirmou que durante os mesmos foi detido um combatente islamita "que estava a tentar" retornar ao enclave palestiniano.
Hagari sublinhou, no entanto, que nos últimos dias não houve novas infiltrações através da fronteira com a Faixa de Gaza e afirmou que o Exército continua a preparar-se para "as próximas fases" da guerra contra o Hamas, que poderá incluir uma ofensiva terrestre.
Por último, o porta-voz do exército israelita elevou para 306 o número de soldados mortos no ataque lançado pelo grupo palestiniano, apoiado pela “Jihad” Islâmica, e estimou em 203 o número de sequestrados pelo Hamas, mais quatro do que no último balanço realizado pelas autoridades israelitas.
As autoridades palestinianas aumentaram o número de mortos nos bombardeamentos israelitas contra a Faixa para quase 3.500, quando as Nações Unidas e várias organizações não-governamentais (ONG) alertaram para o aprofundamento da crise humanitária em Gaza devido ao "cerco total" imposto por Israel.
Como parte da sua ofensiva, Israel cortou o acesso à electricidade, água, alimentos e combustível ao enclave, embora o Governo israelita tenha declarado na quarta-feira que permitirá a entrada de ajuda humanitária vinda do Egipto.
Apesar disso, avisou que quebrará o seu compromisso se estes bens chegarem às mãos do Hamas. CNB/CS
