Irão lança três satélites que pode ser usado para fins militares

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  • Luanda • Domingo, 28 Janeiro de 2024 | 10h38
Bandeira da República do Irão.
Bandeira da República do Irão.
Divulgação

Teerão - O Irão anunciou hoje o lançamento, com sucesso, de três satélites para o espaço num  programa espacial.

Segundo o Ocidente, o sistema de mísseis balísticos de Teerão pode ser usado para fins militares, anunciou a Reurers.

A agência noticiosa estatal IRNA afirmou que o lançamento também foi um sucesso na utilização do foguetão Simorgh do Irão que já teve várias falhas no passado.

O lançamento ocorre num momento em que as tensões aumentam no Médio Oriente, devido à guerra contínua de Israel contra o Hamas na Faixa de Gaza.

Embora o Irão não tenha actuado militarmente no conflito, tem enfrentado uma pressão crescente interna para agir à medida que grupos aliados, como os rebeldes Houthi do Iémen, conduzem ataques ligados à guerra.

As imagens divulgadas pela televisão estatal iraniana mostram um lançamento nocturno do foguetão Simorgh.

Uma análise das imagens feita pela Associated Press revelou que o lançamento teve lugar no porto espacial Imam Khomeini, na província rural iraniana de Semnan.

"O rugido do Simorgh (foguetão) ressoou no céu do nosso país e no espaço infinito", disse Abbas Rasooli, um repórter da televisão estatal, nas imagens.

A televisão estatal designou os satélites lançados como Mahda, Kayhan-2 e Hatef-1. Descreveu o Mahda como um satélite de investigação, enquanto o Kayhan e o Hatef eram nanosatélites orientados para o posicionamento global e a comunicação, respectivamente.

O programa Simorgh, um outro foguetão de transporte de satélites, foi lançado cinco vezes seguidas sem sucesso.

As falhas do foguetão fazem parte de uma série de contratempos nos últimos anos para o programa espacial civil do Irão, incluindo incêndios fatais e uma explosão na plataforma de lançamento.

O Simorgh é um foguetão de duas fases, alimentado a líquido que os iranianos descreveram como  concebido para colocar satélites numa órbita terrestre baixa.

No entanto, para vários analistas norte-americanos, o desenvolvimento de veículos de lançamento de satélites "encurta a linha do tempo" para o Irão desenvolver um míssil balístico intercontinental porque usa tecnologia semelhante.

Um relatório cita especificamente o Simorgh como um possível sistema de dupla utilização.

Os Estados Unidos afirmaram anteriormente que os lançamentos de satélites do Irão desafiam uma resolução do Conselho de Segurança da ONU e apelaram a Teerão para que não realizasse qualquer actividade que envolvesse mísseis balísticos capazes de transportar armas nucleares.

As sanções da ONU relacionadas com o programa de mísseis balísticos do Irão expiraram em Outubro passado.

Durante o mandato do antigo presidente Hassan Rouhani, a República Islâmica abrandou o seu programa espacial por receio de aumentar as tensões com o Ocidente.

No entanto, desde então, o acordo nuclear de 2015 que Rouhani negociou com as potências mundiais entrou em colapso e as tensões com os EUA estão tensas há anos.

O actual presidente mais conservador, Ebrahim Raisi, um protegido do líder supremo Ayatollah Ali Khamenei, que chegou ao poder em 2021, retomou o programa.

Entretanto, o Irão enriquece urânio mais perto do que nunca de níveis adequados para o fabrico de armas e de material suficiente para várias bombas atómicas.

Embora as agências de informação americanas e outras avaliem que Teerão não começou a procurar activamente uma arma nuclear.

Teerão mantém o maior arsenal de mísseis balísticos do Médio Oriente, em parte devido a décadas de sanções na sequência da Revolução Islâmica de 1979 e da crise dos reféns da Embaixada dos EUA, que lhe impediram o acesso a aviões de combate avançados e a outros sistemas de armamento.

As forças armadas dos EUA e o Departamento de Estado não responderam imediatamente aos pedidos de comentários.

No entanto, as forças armadas americanas reconheceram discretamente um lançamento bem sucedido de um satélite iraniano em 20 de Janeiro, conduzido pela Guarda Revolucionária paramilitar do país. GAR



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