Tegucigalpa - As ruas das principais cidades das Honduras encheram-se de polícias nesta sexta-feira, um dia depois da Presidente Xiomara Castro ter decretado estado de emergência, para lidar com o aumento das actividades por parte de grupos criminosos no país.
A governante avançou com o estado de emergência, num país atormentado pela violência de grupos armados e tráfico de droga, com o objectivo de reforçar a estratégia do Governo de "recuperação imediata de territórios sem lei", referiu.
Forças especiais e policiais foram observadas em grande número, esta sexta-feira, nas ruas da capital Tegucigalpa, observou no local um fotógrafo da France-Presse (AFP).
O director da polícia, Gustavo Sánchez, adiantou que pelo menos 20.000 agentes seriam mobilizados como parte desta medida.
Cerca de 120 bairros ou distritos da capital e segunda maior cidade do país, San Pedro, já foram identificados para o estabelecimento de "estados de excepção", acrescentou.
A declaração do estado de emergência ocorre dias depois de centenas de motoristas de autocarros se terem manifestado na capital, exigindo medidas para impedir a extorsão por grupos criminosos.
Xiomara Castro, a primeira mulher eleita Presidente do país em Janeiro, destacou na quinta-feira que declarou "guerra à extorsão, à corrupção, impunidade e tráfico de drogas".
Honduras está no coração do chamado "triângulo da morte" na América Central, uma região atormentada pela violência, pobreza e corrupção.
Grupos criminosos, chamados de "maras", imperam o terror, em particular no pequeno país, assim como em El Salvador e na Guatemala.
Com uma população de 10 milhões de habitantes, Honduras registou uma taxa de homicídios de 18,47 na primeira metade do ano e espera uma taxa de 37 homicídios por 100.000 habitantes para todo o ano de 2022, números abaixo, no entanto, em relação a 2021, com uma taxa de 42 assassinatos/100.000 habitantes.