Manila - O Presidente das Filipinas reverteu a decisão de revogar um pacto de defesa firmado com os Estados Unidos que permite exercícios de combate em larga escala entre as forças norte-americanas e filipinas.
O Secretário da Defesa filipino, Delfin Lorenzana, anunciou quinta-feira, a decisão de Rodrigo Duterte num encontro com jornalistas e com o homólogo norte-americano, Lloyd Austin, que está de visita a Manila.
Austin saudou a decisão de Duterte, sublinhando que vai ajudar a reforçar as relações de defesa entre os aliados de longa data.
Em Fevereiro do ano passado, Duterte notificou o Governo dos Estados Unidos que tencionava revogar o acordo de 1998, que permite a presença no arquipélago de um grande número de forças norte-americanas para treino de combate conjunto com tropas filipinas e estabelece termos legais para essa permanência temporária.
As manobras envolviam milhares de militares norte-americanos e filipinos em exercícios terrestres, marítimos e aéreos, que causaram tensões com a China quando foram realizadas junto a zonas marítimas reivindicadas por Pequim.
A cessação do pacto devia ter entrado em vigor 180 dias depois, mas Duterte atrasou repetidamente a eficácia da decisão.
A presença militar dos EUA na região tem sido vista como um contrapeso à China, que tem reivindicado vastas áreas do disputado mar do Sul da China, apesar de uma decisão de arbitragem internacional de 2016 que invalidou a base histórica.