O presidente das Filipinas, Ferdinand Marcos Jr., considerou que o Tribunal Penal Internacional (TPI) não tem "nenhuma jurisdição" para julgar o seu antecessor, Rodrigo Duterte, pela sua guerra sangrenta contra a droga, por isso, não terá qualquer apoio.
Ferdinand Marcos Jr. advertiu que qualquer movimento para que o TPI possa julgar Duterte é "uma ameaça à segurança" do país.
De acordo com Ferdinand Marcos Jr., um eventual julgamento pelo TPI não seria "um julgamento legítimo", razão pela qual "até que as questões de jurisdição e os efeitos da soberania" das Filipinas "sejam devidamente respondidas", não haverá qualquer cooperação com o TPI.
Os juízes do Tribunal Penal Internacional concluíram a 26 de janeiro que o governo filipino não demonstrou ter adotado medidas suficientes para investigar e processar os homicídios cometidos durante a administração do Presidente Duterte, o que levou este tribunal a reabrir a sua investigação.
As autoridades reconhecem 6.181 mortes durante a "guerra contra a droga" de Duterte desde o seu início em 2016, mas os grupos de defesa dos direitos humanos colocam o número em 30 mil, muitos deles inocentes, e criticam a impunidade das forças de segurança responsáveis pelos assassínios.
