Luanda – A expulsão de pelo menos 10 mil mineiros ilegais pelas Forças Armadas Nacional Bolivariana da Venezuela na região amazónica, durante uma operação iniciada a um de Julho, constituiu o principal destaque do noticiário internacional da ANGOP, na semana que hoje, sábado, finda.
De acordo com a Força Armada Nacional Bolivariana da Venezuela, as pessoas abandonaram o local "de forma voluntária", respeitando uma ordem do presidente Nicolas Maduro, que pediu àquela instituição militar para acabar com o garimpo ilegal na Amazónia.
A medida visas preparar um plano de reflorestação das zonas afectadas pela mineração ilegal, especialmente por causa da poluição com mercúrio, que os mineiros usam para separar o ouro do solo.
Na semana de 27 de Agosto a 2 de Setembro, fez também éco a notícia da morte de quatro pessoas no estado norte-americano da Flórida, num tiroteio supostamente de “motivação racial”.
De acordo com o xerife da Florida, o homem caucasiano que matou as três pessoas e depois se suicidou, num bairro habitado maioritariamente por negros, "odiava pessoas negras".
O homem, de 20 anos, usou uma pistola Glock e uma espingarda semiautomática.
No mesmo período, o alerta feito pelo Presidente francês, Emmanuel Macron, para o "risco de enfraquecimento" da Europa e do Ocidente no actual contexto internacional com a emergência de "novas grandes potências", marcou igualmente o noticiário internacional.
Num discurso perante os embaixadores franceses reunidos em Paris, Macron reconheceu que o contexto internacional endureceu e "está a tornar-se mais complicado", como "corre o risco de enfraquecer o Ocidente e a nossa Europa em particular".
"Há um questionamento gradual da nossa ordem internacional, (na qual) o Ocidente tinha um lugar predominante e continua a ter um lugar predominante", disse.
Referiu que o questionamento resulta do regresso da guerra, nomeadamente na Europa com a ofensiva russa na Ucrânia, e do surgimento de uma "política do ressentimento" desde a Ásia a África.
A política do ressentimento alimenta-se do "anticolonialismo, reinventado ou fantasiado", e do "antiocidentalismo instrumentalizado", afirmou.
Na mesma linha de pensamento, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, disse que a União Europeia (UE) deve estar pronta para integrar novos membros "até 2030".
"Agora que preparamos a próxima agenda estratégica da UE, temos de estabelecer um objectivo claro. Penso que temos de estar prontos - de ambos os lados - para o alargamento até 2030", afirmou Michel, durante uma intervenção no Fórum Estratégico de Bled, que decorreu sob o tema "Solidariedade para a segurança global".
Os líderes europeus terão, nomeadamente, de decidir se iniciam ou não negociações de adesão com a Ucrânia e a Moldova.
Ainda nesta semana, os dados do inquérito sobre um atraso geral na aprendizagem de conhecimento das crianças ucranianas, divulgados pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), mereceram também realce do noticiário internacional.
Os dados indicam que cerca de 57% dos professores notaram uma deterioração no conhecimento da língua ucraniana dos alunos, 45% alertaram para uma redução nas competências matemáticas e quase 52% perceberam um retrocesso no caso das línguas estrangeiras.
A agência da ONU refere que uma grande parte dos 6,7 milhões de crianças ucranianas com idades compreendidas entre os 3 e os 18 anos estão a ter dificuldades de aprendizagem e apenas um terço dos alunos do ensino primário estão a ter aulas de forma totalmente presencial.
Foi também manchete, o funeral do chefe do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, no cemitério Porokhovskoe, nos arredores de São Petersburgo, sua terra natal.
A agência RIA Novosti, que cita uma fonte familiar, adiantou que o funeral decorreu à porta fechada a pedido da família, que "desejou apenas a presença dos familiares e amigos mais próximos de Prigozhin".
Yevgeny Prigozhin, de 62 anos, estaria na lista de passageiros de um avião do Grupo Wagner que caiu durante um voo entre Moscovo e São Petersburgo, e levou à morte de todas as 10 pessoas a bordo. JM