Moscovo - O Presidente russo, Vladimir Putin, afirmou hoje que as manobras navais 'Okean-2024' realizadas pelas forças navais russas no Mar do Japão com a participação da China são as maiores desde a queda do União Soviética (URSS).
"Estamos a realizar exercícios desta magnitude no mar pela primeira vez em três décadas", disse Putin numa mensagem de vídeo aos participantes no exercício.
Vladimir Putin destacou que hoje teve início a fase activa das manobras, durante a qual os militares irão realizar missões "o mais semelhantes possíveis às missões de combate" com recurso a armas de alta precisão.
"A Rússia deve estar preparada para qualquer evolução da situação. As nossas forças armadas garantem uma defesa fiável da soberania e dos interesses nacionais da Rússia. (A Rússia) deve repelir qualquer possível agressão militar em qualquer direcção", afirmou.
Putin, que mencionou os Estados Unidos por cinco vezes num discurso que durou apenas cinco minutos, acusou aquele país de querer manter a sua hegemonia global, tanto militar como política, "a qualquer preço".
O chefe de Estado russo especificou que a marinha e a aviação chinesas participam nos exercícios navais com quatro navios - três navios de guerra e um navio de abastecimento - e 15 aeronaves.
No total, 400 navios russos, 120 aviões e helicópteros e 90 mil pessoas estão mobilizados para o "Okean-2024", um dos exercícios "mais importantes" do ano, segundo o ministério russo.
O Japão, pacifista durante décadas, aumentou os seus gastos com defesa, equipando-se com capacidades de "contra-ataque" e flexibilizando as regras sobre a exportação de armas. MOY/JM