Washington - O Supremo Tribunal dos EUA anunciou quinta-feira que vai analisar a legalidade do plano do Presidente norte-americano, Joe Biden, destinado a perdoar a dívida estudantil, que abrange milhões de pessoas.
A máxima instância judicial do país indicou que vai rever o caso de forma célere, com os depoimentos orais programados para Fevereiro de 2023.
Na deliberação, o Supremo ordenou a suspensão do programa até a resolução do caso.
A porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, saudou em comunicado a decisão do Supremo Tribunal de aceitar o caso e recordou que este programa é necessário para ajudar pelo menos 40 milhões de pessoas que podem aceder ao plano.
Karine Jean-Pierre insistiu que é legal e que foi apoiado pelos advogados do Governo após "cuidadosa análise".
Em 22 de Novembro, o Executivo de Biden informou através de uma moratória sobre o pagamento da dívida estudantil para depois de Junho, após diversos apelos, para que o plano fosse temporariamente bloqueado.
A resolução do tribunal do Oitavo Distrito de Apelação, com sede em Saint Louis, (Missouri) juntou-se a uma série de resoluções judiciais da administração da Casa Branca sobre esse programa, para cancelar até 20.000 dólares (19.100 euros – 1USD equivale Kz 532.869) por pessoa de dívida estudantil.
Em finais de Agosto, Biden anunciou que iria perdoar parte da dívida que milhões de universitários contraíram com a administração federal para conseguirem pagar os seus estudos, num gesto dirigido ao voto jovem nas eleições intercalares de 08 de Novembro.
O Presidente Biden anunciou ainda o cancelamento até 20.000 dólares de dívida estudantil, apesar de a medida apenas prever beneficiar quem ganha menos de 125.000 dólares anualmente (119.000 euros) ou a quem, sendo casado, tenha rendimentos inferiores a 250.000 dólares (238.000 euros) anuais.