Uma operação policial e militar deteve na sexta-feira os diretores de duas prisões no Equador, após a descoberta de armas, dinheiro e drogas escondidos nos seus escritórios, anunciou a Procuradoria-Geral do país.
Os directores lideravam a Penitenciária do Litoral, a maior prisão do Equador, e o Centro de Detenção Provisória, ambos localizados no complexo penitenciário de Guayas, situado na cidade de Guayaquil, no sudoeste do país.
Além dos directores, cinco funcionários administrativos e cinco agentes penitenciários também foram detidos, numa operação realizada no âmbito do estado de emergência que se aplica a todas as prisões do Equador devido aos numerosos assassínios ali cometidos.
Agentes policiais e soldados, integrantes da operação, "encontraram armas, bombas, granadas, explosivos, dinheiro e drogas nos escritórios" dos detidos, anunciou o ministério público na rede social X (antigo Twitter).
A nota foi acompanhada de fotos que mostram espingardas e revólveres apreendidos, bem como soldados a remover partes do telhado do complexo prisional, sob o qual o arsenal estava escondido.
Também na sexta-feira, uma operação policial e militar apreendeu, na posse dos detidos nas duas prisões, 98 pistolas e outras armas, incluindo metralhadoras, um lançador de granadas e 88 cargas explosivas, assim como centenas de telemóveis, rádios e consolas de jogos.
A Penitenciária do Litoral, que alberga 5.600 reclusos, registou entre 23 e 25 de julho a morte de 31 detidos, em confrontos entre grupos rivais de crime organizado, que lutam pelo controlo da prisão, avançou o Ministério Público.
Um censo recente concluiu que as 36 prisões do Equador abrigam um total de 31.321 detidos, embora só tenham uma capacidade estimada para 30 mil pessoas.