Washington - A empresa americana de segurança informática Crowdstrike admitiu que uma actualização do seu software foi a principal causa do apagão digital que hoje paralisou os bancos, a aviação e a media, noticia a Prensa Latina.
A readequação do conteúdo dos seus softwares afectou dispositivos que rodam o sistema operacional Windows, carro-chefe da Microsoft, e causou a desconexão de computadores em sistemas de voo, transmissões de rádio e televisão, além de operações de supermercados e entidades bancárias.
O gestor da empresa, George Kurtz, explicou que identificaram a falha, isolaram-na e implementaram uma solução, enfatizando que os problemas não afectaram outros sistemas operacionais e que não se trata de um “incidente de segurança ou ataque cibernético”.
A Crowdstrike tem sede em Austin, Texas, e conta com cerca de 24 mil clientes, alguns dos quais são as maiores empresas do planeta às quais presta serviços de cibersegurança em geral e de combate a ataques de hackers.
Segundo a BBC, o Crowdstrike caiu 14% nas primeiras horas do apagão, enquanto as da Microsoft também o fizeram, assim como as das empresas do sector do turismo e viagens, que até agora foram as mais afectadas pelas falhas informáticas.
Como resultado deste processo, a rede de satélites Sky foi retirada do ar na Austrália e o aeroporto de Sydney parou todos os aviões em terra.
No Japão, o Aeroporto de Narita informou que as companhias aéreas JetStar, Jeju Air, Quatas, HK Express e Spring Japan tiveram problemas com os seus sistemas.
Nos Estados Unidos, United, Delta e American Airlines emitiram um “aterramento global” para todos os seus voos, enquanto na Índia, o aeroporto Indira Gandhi, em Nova Deli, decidiu recorrer a um sistema manual porque os seus terminais electrónicos e ecrãs com informações de voo estão inoperantes.
Por outro lado, no Reino Unido, a plataforma da bolsa de Londres foi a primeira a registar problemas, que mais tarde conseguiu resolver.
O comité organizador dos Jogos Olímpicos de Paris 2024 indicou que os seus sistemas de tecnologia da informação também foram afectados. JM