Nova Iorque - Pelo menos 20 apoiantes do ex-presidente norte-americano Donald Trump reuniram-se segunda-feira em frente ao tribunal criminal de Manhattan, em Nova Iorque, com o magnata a pedir grandes protestos, mas a conseguir apenas um apoio irrisório.
O protesto junto ao tribunal criminal de Manhattan foi convocado pelo “New York Young Republican Club”, após um grande júri ter ouvido as últimas testemunhas do caso de alegados pagamentos a uma actriz pornográfica que poderá levar a uma acusação sem precedentes na história do país.
Contudo, ao final da tarde, mais jornalistas tinham comparecido ao local do que os manifestantes.
Entre os cerca de 20 “trumpistas”, o centro das atenções era um homem vestido de rato, que numa mão segurava um saco de dinheiro e na outra um cartaz que dizia "Político democrata".
Pouco tempo depois, os olhares e aplausos foram direccionados para um homem com o rosto escondido por uma máscara com as cores da bandeira norte-americana e que segurava uma placa com insultos ao actual Presidente, Joe Biden.
Entre as conversas cruzadas de apoiantes de Trump podia ouvir-se repetições de que o Republicano foi o verdadeiro vencedor das eleições presidenciais de 2020, das quais Biden saiu vencedor.
A fraca adesão ao protesto pode ser um indicador da diminuição do apoio a Donald Trump, que durante o fim-de-semana lançou apelos aos seus apoiantes para protestarem contra o seu possível indiciamento em Nova Iorque.
Na prática, os seus apelos foram recebidos com silêncio pela maioria dos seus aliados mais fervorosos.
Um proeminente organizador de comícios que precederam o motim do Capitólio publicou na rede social Twitter que pretendia permanecer à margem.
Ali Alexander, que como organizador do movimento "Stop the Steal" organizou comícios para promover as alegações infundadas de Trump de que o Partido Democrata roubou a eleição de 2020, alertou os apoiantes de Trump que seriam "presos ou pior" se protestassem na cidade de Nova Iorque.
Contudo, a Polícia de Nova Iorque reforçou a segurança junto ao tribunal criminal de Manhattan e encontra-se a monitorizar várias contas nas redes sociais, que difundem retóricas incendiárias de protestos.CNB/GAR