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Dois Guardiões da Revolução Islâmica iraniana morrem em ataque israelita

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  • Luanda • Quarta, 09 Março de 2022 | 11h59

Teerão - O Exército dos Guardiões da Revolução Islâmica do Irão anunciou terça-feira a morte de dois oficiais superiores num ataque israelita na manhã de segunda-feira, nos arredores de Damasco, na Síria, ameaçando retaliar "este crime".

"Os coronéis dos Guardiões Ehsan Karbalaipur e Morteza Saidnejad tombaram como mártires, um crime cometido pelo governo sionista num ataque com um foguete [...]", escreveu a divisão das Forças Armadas iranianas no seu 'site' na Internet Sepah News.

"O governo sionista [Israel, nota do editor] vai pagar por este crime", prometeram os Guardiões.

No dia antes, o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH) havia anunciado a morte de dois combatentes pró-iranianos em ataques israelitas perto da capital síria.

Segundo o OSDH, os ataques tiveram como alvo "um depósito de armas e munições operado por milícias apoiadas pelo Irão perto do Aeroporto Internacional de Damasco".

O Irão, em conjunto com a Rússia, forneceu apoio financeiro e militar ao Presidente sírio, Bashar al-Assad, no conflito que surgiu na Síria em 2011.

Teerão diz que enviou forças para a Síria a convite de Damasco e apenas para missões consultivas.

Já Israel realizou pelo menos sete ataques aéreos na Síria desde o início do ano, informou o OSDH, que, segundo o qual, mataram dois soldados sírios e quatro combatentes de milícias apoiadas pelo Irão perto de Damasco em Fevereiro.

Desde o início da guerra em território sírio, há 11 anos, Israel fez centenas de ataques aéreos no seu país vizinho, visando posições do Exército, bem como combatentes do Hezbollah do Líbano e outras milícias apoiadas por Teerão.

Israel raramente comenta os ataques, mas afirma que não vai permitir que o seu inimigo Irão expanda a sua influência na Síria.

Desencadeada em 2011 pela repressão às manifestações pró-democracia, a guerra na Síria tornou-se mais complexa ao longo dos anos com o envolvimento de potências regionais e internacionais e a ascensão de 'jihadistas'.

O conflito já matou cerca de 500 mil pessoas, devastou infra-estruturas do país e deslocou milhões de refugiados.

 





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