Washington - Congressistas norte-americanos apelaram na quinta-feira ao presidente Joe Biden para que adopte uma posição mais firme contra a China, acusando empresas chinesas de apoiarem o esforço de guerra russo na invasão da Ucrânia, informou o site Notícias ao Minuto.
“Devemos ser mais robustos em relação à China", declarou o senador democrata Bob Menendez, que preside a comissão dos Negócios Estrangeiros do Senado, evocando "provas de que as empresas chinesas oferecem tecnologia de duplo uso, como semi-condutores", necessária por exemplo para orientar os mísseis.
O seu colega republicano James Risch estimou que a China agia "com toda a impunidade" e que era preciso "reforçar as sanções" contra as empresas chinesas.
Os senadores exprimiam-se por ocasião de uma audição a vários responsáveis governamentais sobre a invasão da Ucrânia pela Federação Russa, como a secretária de Estado adjunta Victoria Nuland.
O chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, tem prevista uma viagem à China entre 05 e 06 de Fevereiro.
Por outro lado, os EUA anunciaram na quinta-feira sanções suplementares contra o grupo de mercenários russo Wagner e os seus apoios, entre os quais justamente uma empresa chinesa, acusada de lhes ter fornecido imagens de satélite da Ucrânia.
Na semana passada, Wagner foi designado pelos EUA como uma "organização criminosa internacional", o que abre a via a mais sanções.
Entre as firmas visadas estão um instituto chinês de pesquisa espacial, o Changsha Tianyi Space Science and Technology Research Institute, que o Departamento do Tesouro acusa de ter fornecido aquelas imagens, além de identificar uma sua filial baseada no Luxemburgo.
A China, aliada da Federação Russa, proclama a sua neutralidade no conflito na Ucrânia, mas estreita as relações com aquela, em particular no capo da energia.
Mas os dirigentes dos EUA inquietam-se cada vez mais com o apoio fornecido à Federação Russa, através de empresas chinesas, no domínio da alta tecnologia, em particular.