Luanda – O conflito armado entre Israel e o grupo Hamas, que já dura sete dias e com mais de mortos, entre civis e soldados, constituiu o principal destaque do noticiário internacional da ANGOP na semana que hoje, sábado, termina.
Durante a operação do grupo Hamas, denominada "Tempestade Al-Aqsa", as forças do Hamas atracaram sete localidades do sul de Israel (Kfar Aza, Sderot, Sufa, designadamente Nahal Oz, Magen, Be'eri e a base militar de Re'im, terra, mar e ar).
Em resposta ao ataque múltiplo do grupo islâmico palestiniano (Hamas), Israel bombardeou várias instalações do Hamas na Faixa de Gaza, iniciando, assim, a operação "Espadas de Ferro".
Entretanto, as acções levadas a cabo pelo grupo Hamas contra cidades israelitas já mereceram condenações de várias organizações internacionais, com realce a da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO).
"Condenamos veementemente os ataques terroristas do Hamas contra Israel, parceiro da NATO. Os nossos pensamentos estão com as vítimas e com todas as pessoas afectadas. O terrorismo é uma ameaça fundamental para as sociedades livres e Israel tem o direito de se defender", afirmou o porta-voz da NATO, Dylan White, na rede social X (antigo Twitter), citado pela agência de notícias francesa.
Na semana preste a findar, fez também eco o apelo do exército israelita para "a retirada de todos os civis da cidade de Gaza das suas casas para sul, para sua própria segurança".
Na cidade de Gaza, por exemplo, folhetos em árabe lançados por 'drones' (aparelhos voadores não tripulados) israelitas apelavam aos residentes para abandonarem as suas casas "imediatamente".
Também no período em referência, a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que o sistema de saúde na Faixa de Gaza está num ponto de ruptura e que o tempo está a esgotar-se para evitar uma catástrofe humanitária.
"Os hospitais só têm algumas horas de electricidade por dia, pois são obrigados a racionalizar as reservas energéticas que têm e que estão a esgotar-se", alertou a OMS.
No mesmo período, diversos membros do Conselho de Segurança da ONU condenaram também a ofensiva do movimento islâmico Hamas contra Israel, com os Estados Unidos a lamentarem a ausência de unanimidade durante a reunião de urgência realizada à porta fechada, em Nova Iorque.
Pouco antes da sessão, os Estados Unidos tinham apelado a todos os membros do Conselho a condenaram firmemente "os odiosos actos terroristas" do Hamas "contra o povo israelita e o seu Governo".
"Uma boa parte dos países condenou os ataques do Hamas. Mas evidentemente, nem todos", lamentou o vice-embaixador dos EUA, Robert Woods, em declarações aos “media” após o final da reunião.
A notícia sobre a escolarização das crianças do sexo feminino em todo o mundo que registou um "progresso substancial" desde 2015, foi igualmente destaque na semana de oito a 14 de Outubro.
Actualmente, segundo a UNESCO, mais de 122 milhões de crianças ainda não têm acesso à educação básica, especialmente na África subsaariana.
Nesta região, a proporção de meninas integradas no sistema de educação continua a ser muito inferior à dos rapazes e é também onde mais de metade das crianças em todo o mundo não frequenta a escola, revela um relatório da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO, na sigla em inglês).
Por ocasião do Dia Internacional da Criança do Sexo Feminino, os autores do relatório de Monitorização Global da Educação (GEM, na sigla em inglês) salientam também que, no Afeganistão, a "exclusão em massa das meninas da educação" traduz-se pelo não acesso à escola primária de 60% daquele universo (contra 46% das crianças de sexo masculino) e 74% não frequentam a escola secundária (contra 50%).
A nível mundial, os progressos no acesso das crianças do sexo feminino à educação desde 2015 registam actualmente mais 22,5 milhões de meninas no ensino primário, 14,6 milhões na primeira fase do ensino secundário e 13 milhões na segunda fase.
Durante o período em análise, a percentagem de raparigas que concluíram o ensino primário aumentou de 86% para 89%, de 74% para 79% na primeira fase do ensino secundário e de 54% para 61% na segunda.
Em suma, actualmente mais cinco milhões de raparigas concluem cada um destes três níveis de ensino por ano em comparação com 2015.
Igualmente na semana que hoje finda, a China e Cuba integraram os 15 países eleitos para o mandato 2024-2026 do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas (ONU), numa votação em que a Rússia não conseguiu recuperar o seu assento.
Além da China e Cuba, foram também eleitos os Estados-membros da ONU para o mandato pela Assembleia Geral (AG) das Nações Unidas a Albânia, Brasil, Bulgária, Burundi, Côte d'Ivoire, República Dominicana, França, Ghana, Indonésia, Japão, Koweit, Malawi e Países Baixos.
Em Abril do ano passado, a AG da ONU já havia aprovado uma resolução em que suspendia a Rússia do Conselho de Direitos Humanos devido a acusações de crimes de guerra e crimes contra a humanidade na Ucrânia. MOY/JM
