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Colômbia: COP16 quer pôr em marcha mecanismos para preservar 30% do planeta

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  • Luanda • Segunda, 21 Outubro de 2024 | 08h54
Bandeira da Colômbia
Bandeira da Colômbia
Foto Divulgação

Colômbia - O estado da biodiversidade no mundo vai ser analisado, a partir de segunda-feira e durante 10 dias na Colômbia, numa reunião da ONU que deve pôr em marcha os mecanismos para preservar 30% do planeta.

A 16.ª reunião da Conferência das Partes, da Convenção das Nações Unidas sobre a Diversidade Biológica, a chamada COP16, realiza-se este ano em Cali, na Colômbia, entre os dias 21 de Outubro e 01 de Novembro sob o lema "Em paz com a natureza", segundo a AFP. 

Acontece quase dois anos depois da reunião realizada no Canadá (COP15), na qual foi adoptado um acordo global de protecção da biodiversidade, o chamado Quadro Global de Biodiversidade de Kunming-Montreal (QGBK-M), assinado por 190 países, e que contempla a protecção e gestão eficiente de 30% das áreas terrestres, águas interiores, costeiras e marinhas do mundo, até 2030.

Na reunião é esperado que se inicie a implementação do acordo, com vários países a apresentarem os seus planos e objectivos, para chegar a 2030 com as metas cumpridas.

Espera-se, diz a organização da cimeira, "que os países apresentem a actualização das suas estratégias e planos de acção nacionais sobre biodiversidade".

O Programa das Nações Unidas para o Ambiente (PNUMA) também destaca na sua página oficial na internet que se espera que os países mostrem como estão alinhados com o QGBK-M.

A Colômbia, que organiza a COP16, insiste que a cimeira é "o momento chave para os governos reverem" os seus planos.

Mas é também o momento para se continuar a desenvolver um quadro de monitorização e para se progredir na mobilização de recursos.

E é também na COP16 que se deve "finalizar e operacionalizar um mecanismo multilateral sobre a partilha justa e equitativa dos benefícios decorrentes da utilização de informação sobre sequências digitais de recursos genéticos", segundo a organização.

A biodiversidade, a natureza em toda a sua variedade, é o alicerce de vida no planeta e o sustento dos humanos mas está em crise.

A ONU diz que o desaparecimento de habitats pode levar à extinção de um milhão dos cerca de oito milhões de espécies de plantas e animais do mundo.

A degradação dos ecossistemas está a afectar o bem-estar de 40% da população mundial, acrescenta.

Actualmente só cerca de 17% das áreas terrestres e 08% das marinhas estão legalmente protegidas, mas é consensual que especialmente as áreas marinhas são muitas vezes protegidas apenas no papel.

Os cientistas têm alertado que a perda dos lugares selvagens em todo o mundo leva à perda dos sistemas naturais que protegem a humanidade das alterações climáticas. E que só protegendo 30% do planeta será possível travar a perda de biodiversidade e as alterações climáticas.

Na Colômbia estarão líderes indígenas, empresários, sociedade civil, organizações não-governamentais, cientistas e líderes políticos, a debater os desafios e oportunidades de reverter a perda de biodiversidade.

Além da COP16 realiza-se em Cali a 11.ª reunião do Protocolo de Cartagena sobre Segurança Biológica, e a 5.ª reunião do Protocolo de Nagoya (acesso a recursos genéticos e partilha justa e equitativa dos benefícios resultantes da sua utilização).

Serão debatidos temas como a participação dos jovens na tomada de decisões, a biodiversidade marinha e costeira, soluções para os oceanos e costas, financiamento e gestão das áreas protegidas, zonas húmidas, saúde e alterações climáticas, segurança alimentar, mangais, justiça climática ou mineração, a par dos planos nacionais de acção sobre biodiversidade.

E deverá também ser apresentado um projecto de Plano de Acção para a Biodiversidade e a Saúde, para adopção pelos Estados. Faz a ligação entre ambiente e saúde humana e inclui recomendações para ajudar os países a reforçarem a biodiversidade.

A União Europeia (UE), no documento sobre a COP16, sublinha a necessidade de todas as partes reforçarem as suas acções a todos os níveis para alcançarem os objectivos e metas do QGBK-M.

E reitera o compromisso da UE e dos Estados de dar resposta "urgente e eficaz" aos factores, directos e indirectos, da perda de biodiversidade, enfatizando a importância dos planos nacionais, actualizados ou revistos.

A UE salienta também que o regulamento sobre o restauro da natureza que entrou e vigor em 18 de Agosto passado é "um passo importante" para reverter a perda de natureza. E reconhece a interdependência entre a perda de biodiversidade, as alterações climáticas, a poluição e a degradação dos solos.

À COP 16 vai seguir-se a COP29, conferência das Nações Unidas sobre as alterações climáticas, em Baku, no Azerbaijão, em Novembro, e a 16.ª conferência sobre o Combate à Desertificação, em Dezembro na Arábia Saudita. GAR



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