Nova Iorque -Guillermo Sohnlein, co-fundador da OceanGate, detentora do submarino Titan desaparecido no Oceano Atlântico desde domingo, considerou hoje que os cinco passageiros do submersível têm "mais tempo do que a maioria das pessoas pensa" para serem socorridas.
Entre os passageiros está o CEO da OceanGate, Stockton Rush, e o oxigénio no interior do aparelho ficou dado como esgotado às 12:08 horas de hoje, pondo em risco a vida dos seus ocupantes.
As 96 horas estimadas de oxigénio disponível chegaram ao fim pelas 12h08 horas mas, segundo especialistas, este valor é vago e impreciso, uma vez que o tempo de oxigénio pode variar em função de diversos factores.
"Hoje será um dia crítico nesta missão de busca e resgate, já que os suprimentos de suporte de vida do submarino estão a começar a acabar. Tenho certeza de que Stockton e a restante tripulação perceberam há dias que a melhor coisa que podem fazer para garantir o seu resgate é alargar os limites destes suprimentos e relaxar o máximo possível", disse, em declarações ao Insider.
E foi mais longe: "Acredito firmemente que a janela de tempo disponível para o resgate é maior do aquilo que a maioria das pessoas pensa. Continuo a ter esperança pelo meu amigo e pelo resto da tripulação", complementou, apelando para que todos tenham, também, esperança.
O submersível transportava também o empresário e explorador Hamish Harding, o milionário Shahzada Dawood e o filho Suleman Dawood, bem como o especialista do Titanic Paul-Henri Nargeolet, que pretendiam realizar uma expedição turista junto aos destroços do navio Titanic afundado em 1912 e localizados a 3.800 metros de profundidade no oceano Atlântico próximo ao Canadá.
As autoridades esperam que os sons subaquáticos, que continuam a ser monitorizados, possam ajudar a restringir as operações de busca, cuja área de cobertura foi expandida para vários milhares de quilómetros.
Os especialistas salientam diversos obstáculos, desde identificar a localização da embarcação, até alcançá-la com equipamentos de socorro e trazê-la à superfície, supondo que ainda esteja intacta.
Na quarta-feira, um avião canadiano detectou sons subaquáticos durante as operações de busca do submersível, o que fez com que esforços de busca fossem reorientados.
A comunicação do aparelho perdeu-se quando a embarcação estava a cerca de 700 quilómetros a sul de São João da Terra Nova, segundo o Centro de Coordenação de Salvamento Conjunto do Canadá.DSC