Washington - O líder da maioria do Senado, Chuck Schumer, antecipou quinta-feira que os democratas vão manter o domínio na câmara alta do Congresso, impulsionados pela forte participação dos eleitores para resistir a uma onda de entusiasmo republicano.
Schumer referiu, em entrevista à agência Associated Press (AP), que acredita que os democratas serão capazes de vencer os estados disputados e potencialmente conquistar assentos no Senado que pertencem aos republicanos.
"É apertado. Acredito que os democratas vão ocupar o Senado e talvez até conseguir assentos", sublinhou.
Em campanha no seu Estado natal, Nova Iorque, as previsões optimistas de Schumer surgem quando os democratas enfrentam fortes ventos contrários antes das eleições intercalares de terça-feira.
Os republicanos ganharam força à medida que trabalham para inverter o controlo do Senado, dividido igualmente, e da Câmara dos Representantes, estreitamente dividida.
Os candidatos do Partido Republicano estão a capitalizar os baixos índices de aprovação do Presidente Joe Biden, as pressões inflaccionárias sobre as famílias e a história, pois o partido na Casa Branca normalmente perde assentos no Congresso no meio do mandato do chefe de Estado.
No entanto, Schumer está a contar com uma forte participação dos eleitores e um empurrão final para manter, pelo menos, a maioria no Senado 50-50, onde a vice-presidente Kamala Harris pode desempatar.
Harris tem feito em momentos importantes nos últimos dois anos para aprovar legislação e confirmar nomeações de Biden.
Geórgia, Arizona, Nevada e New Hampshire são os estados disputados, com os democratas também à procura de conquistarem lugares na Pensilvânia, entre outros.
O líder democrata no Senado realçou que o seu partido tem vantagem em cada um dos estados que viraram 'campo de batalha', depois de reverter a narrativa na primavera, de que perderia facilmente o controlo.
Os eleitores "estão a ver como os candidatos republicanos são extremistas e não gostam disso. Depois, estão a ver que os democratas estão a conversar com eles sobre questões que lhes interessam, e que concretizamos muitas coisas", salientou.
Os republicanos reconheceram que a "qualidade do candidato" do Partido Republicano tem sido um problema, mas lembram que passaram por uma temporada de primárias brutal, quando os eleitores escolheram candidatos apoiados pelo ex-presidente Donald Trump na Geórgia e em outros lugares que não eram a primeira escolha entre os líderes do partido.
Líderes republicanos acreditam agora que os seus candidatos melhoraram e dizem que os eleitores que não apoiaram Trump estão a começar a regressar ao partido para estas eleições.
A eleição de terça-feira determinará o controlo do Congresso, definindo o caminho legislativo a seguir e as prioridades de Joe Biden para os dois anos restantes do seu mandato presidencial.