Beijing - O Politburo do Partido Comunista Chinês (PCC), a cúpula do poder na China, prometeu hoje "acelerar a implementação total" das medidas de apoio à recuperação económica, segundo a Lusa.
Esses medidas de apoios antecipam maiores esforços para atingir as metas do ano.
O organismo reconheceu "múltiplos riscos em áreas-chave", "um maior impacto das mudanças no ambiente externo" ou "uma procura insuficiente a nível interno", segundo um comunicado divulgado pela agência noticiosa oficial Xinhua, após uma reunião sobre o trabalho económico, com vista ao segundo semestre de 2024.
A reunião, presidida pelo secretário-geral do PCC, Xi Jinping, previu o lançamento de medidas de reforma "maduras, tangíveis e acessíveis", e maiores esforços para cumprir os objectivos económicos oficiais para o exercício em curso, que incluem um crescimento de cerca de 5%.
O documento sublinha igualmente a flexibilização da emissão e da utilização de obrigações especiais - habitualmente utilizadas para financiar infra-estruturas e aponta o aumento do consumo como forma de relançar a procura interna.
Apelando ao aumento dos rendimentos dos residentes e à melhoria da capacidade e da vontade de gastar dos grupos de rendimentos médios e baixos.
O Politburo apontou ainda a necessidade de "estabilizar e recuperar o investimento estrangeiro", afirmando que vai lançar medidas piloto para "expandir a abertura" do sector dos serviços, e falou também em evitar uma "concorrência feroz" entre empresas nacionais, para evitar criar uma situação de "regressão".
Outras tarefas delineadas na reunião incluem o reforço da confiança dos investidores, a estabilidade dos mercados de capitais e o incentivo ao "entusiasmo" pelo investimento privado.
O PIB chinês no segundo trimestre ficou abaixo das expectativas dos analistas, registando uma expansão de 0,7% em termos trimestrais e de 4,7% em termos homólogos.
No primeiro terço de 2024, a economia nacional registou uma recuperação de 1,6% em termos trimestrais e de 5,3 % em termos homólogos. CQ/GAR