Bruxelas - O Conselho Europeu encontrou uma posição comum e apelou a "pausas humanitárias" para fazer chegar à população palestiniana a ajuda de que necessita, sem esquecer que é preciso continuar a apoiar a Ucrânia como até hoje.
A reunião dos líderes europeus em Bruxelas, que decorreu entre quinta-feira e hoje, foi dominada pela exacerbação das tensões no Médio Oriente, provocada pelo atentado do movimento islamista Hamas contra Israel, no início de Outubro, que desencadeou uma forte resposta militar de Telavive, com o cerco total da Faixa de Gaza e bombardeamentos constantes.
De acordo com as conclusões publicadas no final da reunião, os 27 membros da União Europeia (UE) reafirmam a posição tomada no dia 15, de condenação "da maneira mais forte possível" do "brutal e indiscriminado ataque terrorista" contra Israel, assim como a utilização de civis como "escudos humanos", aludindo à população palestiniana.
O Conselho enfatizou o direito de Israel à sua defesa "em linha com a lei internacional e a lei humanitária internacional".
Deplorando a "perda de quaisquer vidas civis" e a deterioração da situação humanitária em Gaza, os membros da UE avançaram com um apelo para "pausa humanitárias" para fazer chegar à população a ajuda de que necessita, enquanto o território é assolado pelo conflito entre o Hamas e Israel.
Apesar de o conflito no Médio Oriente ser o assunto do momento, o Conselho Europeu fez questão de mostrar que a Ucrânia continua presente e, por isso, o primeiro tópico das conclusões é dedicado ao apoio ao país invadido pela Rússia em Fevereiro de 2022.
À semelhança daquilo que tem surgido em todas as conclusões desde Fevereiro do ano passado, o Conselho Europeu reiterou a condenação à Rússia pela invasão em larga escala que continua até hoje e prometeu continuar "o apoio financeiro, económico, humanitário, militar e diplomática à Ucrânia e à sua população pelo tempo que for necessário".
A curto prazo os Estados-membros prometeram continuar a concentrar esforços na entrega de munições e armamento para ajudar a Ucrânia a defender-se.
A longo prazo, a UE quer dar garantias de segurança à Ucrânia, como dar-lhe instrumentos (que não são especificados) para impedir a destabilização do país por parte de intervenientes externos.
Sobre a segurança da Ucrânia e prosseguir com o processo de adesão à UE, os líderes remeteram para a cimeira de Dezembro, onde será possível fazer uma avaliação mais detalhada do trilho que a Ucrânia vai seguir.DSC