Washington - O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, assinou na segunda-feira um projecto de lei aprovado no Congresso a proibir a importação de Urânio da Rússia, que já condenou a decisão, considerando-a como concorrência desleal.
Segundo o Departamento de Estado numa nota hoje divulgada sobre a promulgação da lei, que entra em vigor no dia 12 de Agosto, a que a RTP teve acesso, a proibição apoia o esforço contínuo dos Estados Unidos para reduzir e, em última análise, eliminar a dependência do urânio russo para reactores nucleares civis.
O conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, considerou noutro comunicado que a nova lei "restabelece a liderança dos Estados Unidos no sector nuclear" e ajudará "a proteger o sector energético para as gerações vindouras".
A lei segue em paralelo com o fornecimento de cerca de 2.521 milhões de euros em fundos federais para impulsionar a indústria local de processamento de urânio, o que envia uma mensagem clara, disse Sullivan, de que os Estados Unidos estão comprometidos com o crescimento a longo prazo neste sector.
Entretanto, a Rússia já condenou a proibição de Washington, considerando que "nada mais é do que concorrência desleal e a continuação de uma política nada oculta e oculta dos americanos".
Na sua conferência de imprensa diária, Dmitri Peskov, porta-voz presidencial, afirmou, por outro lado, que esta medida não terá grandes consequências para a Rússia, um dos maiores produtores e exportadores mundiais de urânio.
A proibição assinada na segunda-feira soma-se a outra imposta pela administração do Presidente Biden à importação de petróleo russo, logo após a invasão da Ucrânia pela Rússia, em Fevereiro de 2022. JM