Biden acusa Trump de querer assinar proibição nacional do aborto

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  • Luanda • Sexta, 28 Junho de 2024 | 08h55
Arte das fotos do ex-presidente norte americano, Donald Trump (à esq.) e do actual presidente EUA, Joe Biden
Arte das fotos do ex-presidente norte americano, Donald Trump (à esq.) e do actual presidente EUA, Joe Biden
Arte: Osvaldo Pedro-ANGOP

Washington - O Presidente norte-americano, Joe Biden, acusou na noite de quinta-feira o seu rival Donald Trump de querer assinar uma proibição nacional do aborto, durante o primeiro debate das presidenciais entre os dois candidatos, em Atlanta, Geórgia.

"O que é que ele vai fazer se a ala MAGA ('Make America Great Again', afecta a Trump) controlar o Congresso e aprovar uma proibição federal?”, questionou Joe Biden. “Ele vai assinar essa lei [a proibir o aborto]. Eu vou vetar, ele vai assinar”. 

O direito federal ao aborto foi revogado em Junho de 2022 quando a super maioria conservadora do Supremo Tribunal, com três juízes nomeados por Donald Trump, anulou a decisão de 1973 conhecida como Roe v. Wade. 

“Foi a lei durante 51 anos”, apontou Joe Biden, num dos segmentos em que o presidente apareceu mais animado depois de um início anémico. “Eu apoio Roe v. Wade”, afirmou, considerando “ridícula” a ideia de que os fundadores dos EUA queriam que fossem os políticos a tomar decisões de natureza médica.

Do outro lado, Donald Trump congratulou-se por ter sido responsável pela revogação de Roe v. Wade e disse que a situação actual é a mais apropriada, em que os vários estados decidem o que fazer em relação ao aborto. 
Trump acusou os democratas de serem radicais e quererem poder abortar após o nascimento da criança, algo que Biden refutou. 

“Acredito em excepções para incesto, violação e perigo de vida para a mãe”, disse Donald Trump. O candidato republicano também disse concordar com a recente decisão do Supremo Tribunal de continuar a permitir a utilização de pílulas abortivas. 
Biden recusou a ideia de que devem ser os estados a tomarem estas decisões e  disse que seria a mesma coisa que devolver a decisão sobre o respeito dos direitos civis aos estados. 

Os rivais também discordaram sobre a posição dos especialistas constitucionais quanto ao aborto: Trump disse que todos queriam a anulação de Roe v. Wade, Biden disse que a vasta maioria concordava com a constitucionalidade da lei. 

Desde que o direito federal ao aborto foi revogado, 14 estados proibiram o procedimento sem excepções e 7 restringiram fortemente o seu acesso. 

De acordo com os dados de 2024 do Pew Research Center, 63% dos eleitores norte-americanos dizem que o aborto deve ser legal em todos ou quase todos os casos, enquanto 36% consideram que deve ser ilegal em todos ou quase todos os casos. 

Este é o primeiro debate presidencial entre os candidatos, moderado pela CNN. As eleições vão acontecer a 05 de Novembro. 
O primeiro debate presidencial de 2024 terá a duração de 90 minutos, com dois intervalos comerciais, e decorre num estúdio do canal CNN em Atlanta, estado da Geórgia, com a moderação dos jornalistas Jake Tapper e Dana Bash.

O debate, que coloca frente-a-frente Biden e Trump pela primeira vez em quatro anos, acontece num momento em que as sondagens mostram uma disputa acirrada entre os dois candidatos e quando faltam menos de cinco meses para as eleições presidenciais.

Para evitar a repetição das cenas caóticas registadas em debates anteriores, foram ditadas regras incomuns, como um debate sem público, o silenciamento dos microfones quando o candidato rival estiver a falar ou a proibição dos candidatos trocarem ideias com a sua equipa durante os intervalos ou de levarem notas escritas para o palco.

Biden e Trump voltarão a enfrentar-se em 10 de Setembro, num segundo debate organizado pela rede ABC News.CS



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