Bélgica admite autoria ucraniana do disparo que atingiu Polónia

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  • Luanda • Quarta, 16 Novembro de 2022 | 12h20
Bandeira da Bélgica
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Bruxelas - O governo da Bélgica admitiu, esta quarta-feira, que o míssil que matou duas pessoas na Polónia terá sido disparado pela defesa anti-aérea ucraniana, contrariando as acusações de Kiev contra a Rússia.

A explosão terá "resultado dos sistemas de defesa aérea ucranianos, utilizados para combater mísseis russos", disse a ministra da Defesa, Ludivine Dedonder, citada pela agência francesa AFP.

"As investigações continuam, mas de momento não há indicação de que tenha sido um ataque deliberado", acrescentou a ministra belga.

A Polónia convocou uma reunião de emergência com os seus aliados da OTAN depois de ter anunciado que um "projéctil de fabrico russo" tinha caído em Przewodów, que faz fronteira com a Ucrânia, na terça-feira, matando duas pessoas.

Pouco depois do incidente ter-se tornado conhecido, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, avançou que a explosão na Polónia tinha sido causada por um míssil russo.

"O que temos vindo a alertar há muito tempo aconteceu. O terror não se limita às nossas fronteiras nacionais. Os mísseis russos atingiram a Polónia", disse na altura.

Zelensky reiterou a acusação contra Moscovo numa mensagem que divulgou hoje na sua página na internet, mas sem apresentar quaisquer provas.

O Ministério da Defesa russo negou que o míssil tenha sido disparado pelas suas forças, que bombardearam infra-estruturas de energia por toda a Ucrânia na terça-feira.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou hoje que havia informações preliminares que punham em causa que o míssil tivesse sido disparado a partir da Rússia.

"É improvável nas linhas de trajectória que tenha sido disparado da Rússia, mas veremos", disse Biden aos jornalistas em Bali, onde terminou hoje uma cimeira de dois dias do G20.

O Kremlin (Presidência) saudou a contenção dos Estados Unidos e reiterou que a Rússia "não tem nada a ver com o incidente na Polónia".

"Neste caso, devemos notar a reacção reticente e mais profissional do lado dos Estados Unidos e do seu presidente", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, citado pela AFP e pela agência espanhola EFE.

Peskov acrescentou que a reacção dos Estados Unidos contrastou com a "reacção absolutamente histérica da Polónia e de outros países".

O jornal britânico Financial Times noticiou hoje que a hipótese de o míssil ter sido disparado pela defesa anti-aérea ucraniana foi falada numa reunião de emergência em Bali dos membros do G20 que pertencem ao G7 e à OTAN.

Fotos publicadas nos meios de comunicação social mostraram um veículo agrícola danificado junto a uma grande cratera.
A imprensa polaca disse que as vítimas eram trabalhadores agrícolas.

A guerra na Ucrânia foi desencadeada pela Rússia em 24 de Fevereiro deste ano, quando invadiu o país vizinho.

O conflito mergulhou a Europa naquela que é considerada como a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).



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