Atenas - A Grécia está a estudar com os EUA e as Nações Unidas a entrega marítima de ajuda humanitária para os civis na Faixa de Gaza, anunciou esta segunda-feira o porta-voz do Governo, Pavlos Marinakis.
"A Grécia está a estudar com todos os seus aliados, incluindo os Estados Unidos e a ONU, a entrega por via marítima de ajuda humanitária aos civis" em Gaza, afirmou durante uma conferência de imprensa.
Os apelos à autorização de Israel da passagem de ajuda humanitária de emergência para a Faixa de Gaza aumentaram no domingo, com um pedido concreto dos maiores aliados de Telavive, os Estados Unidos.
O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, apelou para que Israel cumpra o direito internacional e permita um aumento "considerável e imediato" de ajuda humanitária em Gaza.
Numa conversa por telefone com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, Biden sublinhou "a necessidade de um reforço considerável e imediato de assistência humanitária para responder aos apelos dos civis em Gaza" e alertou Israel para que distinga, nas suas operações militares, o Hamas dos civis palestinianos.
Membro da União Europeia e da NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte), a Grécia, situada no sudeste do Mediterrâneo, é a favor da "abertura de canais humanitários" e, "se necessário, de uma trégua humanitária" para prestar ajuda aos civis, como afirmou na sexta-feira o primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, durante uma cimeira em Bruxelas.
Kyriakos Mitsotakis reiterou que "o Hamas é uma organização terrorista que não representa o povo palestiniano", considerando que apenas "a Autoridade Palestiniana tem representação a nível institucional".
Hoje assinala-se o 24º dia de guerra entre Israel e o Hamas, que começou com um ataque de surpresa do grupo israelita contra o território israelita no dia 07 de Outubro. O ataque provocou cerca de 1.400 mortos, mais de 5.400 feridos e foram feitos 239 reféns, que foram levados para Gaza.
Como retaliação, Israel tem bombardeado a Faixa desde então e na sexta-feira expandiu as suas operações terrestres, deixando no total mais de 8.000 palestinianos mortos e mais de dois mil feridos, segundo números do Hamas. MOY/JM