Gaza - Quatrocentos e 71 pessoas é o número de mortos provocado por um projéctil que destruiu na noite de terça-feira um hospital civil na Faixa de Gaza, segundo um novo balanço emitido pelo Ministério da Saúde do Governo Hamas, que controla o enclave palestiniano.
Os dados anteriores apontava para mais de 500 falecidos, mas não revelava o número de feridos, uma vez que o ataque ao hospital Al Ahli aconteceu numa altura em que esta unidade de saúde acolhia, para além dos doentes internados, inúmeros refugiados devido aos bombardeamentos israelitas dos últimos dias contra Gaza.
Com estes novos dados, o Ministério da Saúde do Governo Hamas elevou para 3.478 o número de palestinianos falecidos na Faixa de Gaza desde o início da guerra entre Israel e o Hamas, para além de 12.065 feridos.
Do lado israelita, faleceram mais de 1.400 pessoas, dos quais 300 militares, e sequestradas pelo menos 200 pessoas retidas na Faixa de Gaza, para além das centenas de mortos entre os combatentes do Hamas que se infiltraram em Israel.
Após inúmeros apelos da comunidade internacional para cessar as hostilidade entre os beligerantes, para facilitar o fornecimento de ajuda humanitária a população de Gaza, o Governo israelita autorizou hoje que a mesma se efectue a partir do Egipto, mas em quantidades limitadas , como indicou o gabinete do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu.
O executivo israelita afirmou indicou que "não irá impedir" o fornecimento de alimentos, água e medicamentos (mas não menciona combustível) desde que esses bens não cheguem ao movimento islamita palestiniano Hamas.
Não ficou claro quando é que a ajuda começará a entrar na Faixa de Gaza pela fronteira egípcia de Rafah.
Contudo, soube-se que israelita decisão foi aprovada após um pedido do Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que hoje visita Israel. Mas em contraste, o estadista norte-americano anunciou que pedirá ao Congresso do seu país “ajuda sem precedente” para Israel lidar com as consequências do ataque de 07 de Outubro efectuado pelo Hamas.
Ainda hoje, o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) rejeitou, com veto norte-americano, o segundo projecto de resolução a votos esta semana exigindo "pausas" nos confrontos em Gaza para permitir o auxílio humanitário sem entraves.
A resolução, proposta pelo Brasil e que condenava os ataques do Hamas contra Israel e toda a violência contra civis, foi rejeitada após o “não” dos Estados Unidos, tendo recebido ainda 12 votos a favor e duas abstenções - da Rússia e do Reino Unido -, de um total de 15 Estados-membros que integram o Conselho de Segurança.
A votação de hoje segue-se à rejeição pelo Conselho, na noite de segunda-feira, de uma resolução elaborada pela Rússia que condenava a violência e o terrorismo contra civis e apelava a um "cessar-fogo humanitário", mas não fazia qualquer menção ao Hamas.
Para ser adoptada, uma resolução exige a aprovação de pelo menos nove dos 15 membros do Conselho, sem qualquer veto de um dos cinco membros permanentes (Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia, China).DSC