Buenos Aires - O Presidente argentino, Javier Milei, vai retirar a Argentina da Organização Mundial da Saúde (OMS) por causa de "profundas diferenças" com a gestão de saúde e "a influência política de alguns Estados", anunciou esta quarta-feira o porta-voz da Presidência, Manuel Adorni, numa conferência de imprensa.
Após o anúncio da decisão do seu aliado Donald Trump, o Presidente ultraliberal argentino deu instruções ao seu ministro dos Negócios Estrangeiros, Gerardo Werthein, a "retirar a Argentina da OMS".
“Isto baseia-se nas profundas diferenças na gestão da saúde, especialmente durante a pandemia, que nos levou ao mais longo cerco na história da humanidade e à falta de independência da influência política de alguns Estados”, explicou o porta-voz da Presidência.
“Nós, argentinos, não vamos permitir que uma organização internacional intervenha na nossa soberania e muito menos na nossa saúde", acrescentou.
Manuel Adorni acrescentou que a Argentina não recebe financiamento da OMS para a sua gestão da saúde e que a decisão tomada "não representa uma perda de fundos nem afeta a qualidade dos serviços", sem especificar quando é que a decisão será implementada.
"Pelo contrário, dá maior flexibilidade para implementar políticas adoptadas no contexto dos interesses exigidos pela Argentina, bem como maior disponibilidade de recursos", disse. JM