Luanda – A aprovação pela Organização Mundial de Saúde (OMS) da segunda vacina contra a malária para crianças, a R21/Matrix-M, desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, constituiu o principal destaque do noticiário internacional da ANGOP na semana que hoje, sábado, termina.
A nova vacina R21, segundo o director-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, demonstrou alta eficácia quando administrada antes da temporada de alta transmissão de malária, reduzindo casos sintomáticos em 75% durante 12 meses após três doses, com manutenção da eficácia após uma quarta dose, um ano depois.
Além disso, a vacina apresentou boa eficácia (66%) quando aplicada em um cronograma baseado na idade, mantendo a eficácia após a quarta dose.
Acrescentou que a outra vacina, já em uso (RTS,S/AS01), recebeu aprovação em 2021.
Os dois imunizantes demonstraram ser seguros e eficazes na prevenção da malária, com um foco especial no continente africano, onde quase 500 mil crianças morrem anualmente devido à doença transmitida por mosquitos.
Outra matéria de proeminência nos últimos sete dias, foi o anúncio da assinatura de um acordo entre a Polónia e a Ucrânia que visa acelerar o trânsito de cereais ucranianos para outros países através do território da Lituânia.
Este é o primeiro acordo entre a Polónia e a Ucrânia desde o início da crise diplomática entre os dois países, causada pelo embargo polaco às importações de cereais ucranianos.
Desde o início da segunda ofensiva russa na Ucrânia (Fevereiro de 2022) que a Rússia bloqueia o acesso ao Mar Negro.
Os países vizinhos da Ucrânia tornaram-se essenciais para o trânsito de cereais ucranianos para África e para o Médio Oriente.
Ao longo da semana, o anúncio da União Europeia (UE) de apoiar a reconstrução da Ucrânia com 20 mil milhões de euros e reforçar o apoio militar e as sanções contra Moscovo, foi também destaque do noticiário internacional prestes a findar.
Os chefes da diplomacia dos 27 do bloco europeu alcançaram um consenso político muito forte em relação à necessidade de apoiar a Ucrânia e durante todo o processo que for necessário para retirar as forças russas do território da Ucrânia para que haja paz.
"Estamos a desenvolver aqui um trabalho, um fundo na ordem dos 20 mil milhões de euros, cinco mil milhões de euros por ano ao longo de quatro anos, para apoiar a reconstrução da Ucrânia", adiantou o bloco.
Por outro lado, os países europeus abordaram também "aquilo que podem fazer colectivamente em termos de apoio militar", nomeadamente através do reforço do apoio às indústrias de defesa e transferências de equipamentos.
Os 27 discutiram igualmente o "reforço de sanções (à Rússia), através de um 11º pacote, que está agora a ser trabalhado".
Nesta semana, a temporada 2023 de atribuição de prémios Nobel, que decorre em Estocolmo, Suécia, até 9 de Outubro, mereceu também realce do noticiário africano.
Ao longo da semana foram conhecidos os vencedores dos galardões de Física (03 Outubro), Química (04 Outubro), Literatura (05) e Paz (06 de Outubro), enquanto o anúncio do vencedor na área das Ciências Económicas está agendado para 09 de Outubro.
A cerimónia de entrega dos prémios é seguida de um banquete que reúne cerca de 1.300 convidados na presença do Rei e da Rainha da Suécia. JM