Luanda - O noticiário internacional do mundo destacou, na semana que hoje, sábado finda, a acusação do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump pelo júri do condado de Fulton por alegada conspiração para reverter ilegalmente a derrota nas eleições de 2020 naquele estado norte-americano.
A acusação resulta de uma investigação de dois anos iniciada após um telefonema, de Janeiro de 2021, em que o então Presidente sugeriu que o secretário de Estado republicano da Geórgia poderia ajudá-lo a "encontrar 11.780 votos" necessários para reverter a derrota para o democrata Joe Biden.
Este é o quarto processo criminal contra o antigo Presidente dos Estados Unidos e o segundo em que é acusado de tentar subverter os resultados da votação.
Outro facto de destaque no período em análise, foi a morte de pelo menos 35 pessoas e o ferimento de outras 80, na sequência de uma explosão num posto de combustível no Daguestão, República russa no Cáucaso.
O incêndio, que começou numa oficina mecânica onde se encontravam carros estacionados, atingiu uma área de cerca de 600 metros quadrados.
As autoridades do Daguestão afirmaram que as famílias das vítimas mortais irão receber um milhão de rublos (cerca de 9.500 euros) cada, e os feridos entre 200 mil a 400 mil rublos (entre 1.900 e 3.700 euros).
Nos últimos sete dias, várias organizações de defesa dos direitos humanos exigiram que os Emirados Árabes Unidos (EAU) libertem todos os prisioneiros injustamente detidos antes da cimeira do clima COP28, que se realiza no país no final do ano.
As autoridades dos Emirados Árabes Unidos continuam a manter detidas dezenas de pessoas que cumpriram as suas penas há anos, incluindo 55 dissidentes, advogados e outros condenados num julgamento em massa conhecido como 'UAE94.
Os signatários da nota, que incluem a Amnistia Internacional e a Human Rights Watch, apelam também aos EAU para que ponham termo a "outras violações dos direitos humanos", tais como o controlo dos que "criticam o governo com tecnologia de vigilância sofisticada", a utilização de leis repressivas para prender defensores dos direitos humanos e a negação da liberdade de reunião pacífica, entre outros.
Ainda durante a semana, o secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu à comunidade internacional que não esqueça a situação "profundamente preocupante" em que vivem os afegãos, dois anos depois de os talibãs chegarem ao poder no Afeganistão.
A situação no país continua profundamente preocupante, incluindo as enormes restrições impostas aos direitos de mulheres e meninas.
A propósito, um porta-voz da ONU tinha apelado aos talibãs para que devolvam às mulheres e raparigas afegãs a dignidade e os direitos que lhes pertencem.
No decurso da semana, o encontro entre o Presidente dos EUA, Joe Biden, e o seu homólogo sul-coreano, Yoon Suk Yeol, e o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, numa cimeira estratégica assumida como "um novo capítulo" na consolidação dos laços trilaterais, mereceu também realce.
O executivo de Joe Biden tem procurado laços económicos e de defesa mais fortes com a Coreia do Sul e o Japão, em contrapeso às ambições territoriais e influências económicas assertivas da China.
De acordo com a Casa Branca, a cimeira promoverá uma "visão trilateral compartilhada para enfrentar os desafios de segurança global e regional, promovendo uma ordem internacional baseada em regras e reforçando a prosperidade económica".
A cimeira é ainda o sinal mais recente da aproximação de Tóquio e Seul.
Ambos os Governos agiram para deixar de lado as tensões das últimas décadas, enquanto os EUA procuram aprofundar o seu compromisso na região do Indo-Pacífico.
Foi também destaque a condenação a 262 meses (praticamente 22 anos) de Pascale Ferrier, a mulher canadiana que enviou uma carta com ricina a Donald Trump, em 2020.
O caso remonta a 2020, quando Trump ainda era presidente dos Estados Unidos.
No entanto, a carta acabaria interceptada antes de chegar à Casa Branca.
Na carta, em que a canadiana tentava dissuadir o então presidente dos EUA de se recandidatar ao lugar (algo que aconteceria, mesmo assim, tanto em 2020 como em 2024), dizia: "Encontrei um novo nome para si: 'O Palhaço Tirano e Feio'." Ferrier será deportada dos EUA após cumprir a sentença, enfrentando supervisão vitalícia caso decida regressar.
A mulher que tem dupla nacionalidade francesa e canadiana, foi detida quando cruzava a fronteira do Canadá com os EUA, em Buffalo, em Setembro de 2020.