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Activista germano-iraniana detida em 2020 em Teerão foi liberta

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  • Luanda • Segunda, 13 Janeiro de 2025 | 13h38
Bandeira do Irão
Bandeira do Irão
Divulgação

Teerão - A activista germano-iraniana Nahid Taghavi, detida em Outubro de 2020 em Teerão por alegada propaganda contra o regime, foi libertada e repatriada para a Alemanha, noticiou o site Noticias ao Minuto.

A activista onde aterrou no domingo, anunciaram hoje a filha e a Amnistia Internacional.

Condenada a mais de 10 anos de prisão em Agosto de 2021 por pertencer a um grupo ilegal e por difundir mensagens contra o regime, a activista dos direitos das mulheres foi libertada depois de ver a sua saúde "deteriorar-se consideravelmente" na prisão de Evin, em Teerão, conhecida por ter condições de detenção extremamente difíceis.

Actualmente com 70 anos, Nahid Taghavi foi libertada "após mais de 1.500 dias de detenção arbitrária" e "aterrou em segurança na Alemanha" no domingo, informou a organização de defesa dos direitos humanos Amnistia Internacional, em comunicado hoje divulgado.

"Depois de mais de quatro anos como prisioneira política na República Islâmica do Irão, a minha mãe, Nahid Taghavi, foi libertada e está de volta à Alemanha", confirmou a filha, Mariam Claren, que publicou uma fotografia sua e da mãe a sorrir num aeroporto.

No final de Fevereiro de 2024, Mariam Claren anunciou o regresso de Nahid Taghavi à prisão, após um período de dois meses de liberdade vigiada por motivos médicos.

Entre a sua detenção e o seu julgamento, Nahid Taghavi "passou mais de sete meses em regime de isolamento", durante os quais "teve de dormir no chão, sem cama nem almofada, foi vigiada 24 horas por dia, só lhe sendo permitido sair para apanhar ar fresco durante 30 minutos por dia e com os olhos vendados", refere a Amnistia Internacional.

Activistas de direitos humanos e países europeus acusam Teerão de deter dezenas de estrangeiros sob falsos pretextos, numa estratégia de tomada de reféns para obter concessões do Ocidente.

Outro cidadão germano-iraniano, Jamshid Sharmahd, que se destacou por fazer declarações hostis ao regime iraniano em canais por satélite em língua persa, morreu no final de Outubro numa prisão no Irão.

O Irão, que inicialmente anunciou a sua execução, admitiu depois que a sua morte tinha acontecido anteriormente, sugerindo causas naturais.

Este anúncio, feito a 28 de Outubro, provocou uma crise diplomática com Berlim, que chamou de volta o seu embaixador no Irão e fechou três consulados iranianos na Alemanha. CQ/GAR





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