Ondjiva - O vice-governador para o sector Político, Social e Económico da província do Cunene, Apolo Ndinoulega, defendeu a necessidade de se investir mais na promoção e divulgação do património cultural angolano, para o incremento do turismo rural.
Falando no acto do 8 de Janeiro, Dia Nacional da Cultura, assinalado na segunda-feira, o responsável enfatizou que a cultura constitui o maior potencial da província, devido a diversidade e composição étnica linguística, gastronómico, religiosa, entre outras nuances.
Nesta senda, considerou fundamental a preservação, divulgação e desenvolvimento dos hábitos e costumes, como marcos fundamentais da identidade dos povos.
Para si, os valores e legados das tradições devem ter um lugar na sociedade contemporânea.
Apolo Ndinoulenga sublinhou a importância do Dia Nacional da Cultural, para homenagear as figuras e entidades colectivas dedicadas ao desenvolvimento cultural nacional.
Pediu uma reflexão profunda sobre a transversalidade do mosaico cultural angolano, para promoção e afirmação de valores identitários.
O vice-governador fez saber que a província conta com 59 monumentos históricos, dos quais 44 por classificar e 15 classificados, estando em curso o processo de classificação dos restantes.
Destacou o memorial do soberano Mandume ya Ndemufayo, a Ombala grande dos reinados do Humbe, do Oshietekela e do rei do Oukwanhama, sítio histórico do Vau do Pembe, escombro do antigo palácio do governo provincial, monumento dos 54 soldados das tropas da Polícia de Guarda Fronteira de Angola, entre outros.
O evento decorreu sob o lema “Com a unidade na diversidade, celebremos o 8 de Janeiro”.
O programa contempla encontro com os artistas plásticos e criadores de obras de artes, visitas a alguns monumentos e sítios históricos e uma mesa redonda sobre os desafios e perspectiva da acção cultural na província.
O Dia da Cultura Nacional foi instituído em 1986, em homenagem ao discurso pronunciado pelo primeiro Presidente angolano, António Agostinho Neto, por ocasião da tomada de posse do corpo gerente da União dos Escritores Angolanos (UEA). FI/LHE/OHA