Dundo - O Ministério da Cultura, Turismo e Ambiente (MCTA) prêve, este ano, retomar a segunda fase das obras de restauração e modernização do Museu Regional do Dundo, na província da Lunda Norte.
As obras visam dar maior projeção as actividade da instituição, fundamentalmente na promoção e divulgação do seu acervo, foram interrompidas em 2015 devido a crise financeira e económica.
A empreitada compreende a construção de um edifício moderno que vai albergar as salas de depósito geral definitivo para exposição permanente do acervo museológico, gabinetes administrativos, salas de animação cultural e de investigação científica.
De acordo com o director-geral do Museu, Ilunga André, trata-se de um edifício que vai reforçar os níveis de organização e estruturação, garantindo eficiência nas abordagens que o Museu se propõe a fazer em função das suas atribuições.
O projecto de recuperação das infra-estruturas integrantes ao complexo do Museu do Dundo reserva ainda, de acordo com a disponibilidade financeira, a requalificação da Estação Arqueológica do Bala-Bala, laboratório de investigação biológica e a revitalização da Aldeia Museu.
Pretende-se com a recuperação das infra-estruturas, imprimir nova dinâmica nas actividades de conservação e manutenção dos diversos hábitos e costumes tradicionais dos povos lunda e não só.
Informou que em parceria com o Museu Nacional de História Natural, a instituição deu início à inventariação das coleções de história Natural, onde actualmente estão catalogadas mais de 14 mil peças.
A inventariação visa a actualização do referido ficheiro e a criação de um banco de dados consolidado.
Sobre as coleções etnográficas, disse existir cerca de nove mil peças, prevendo-se para o futuro, uma campanha de recolha de novos artefactos, para enriquecer o acervo.
As colecções etnográficas constituem a principal componente do objecto social do Museu do Dundo e resultam das primeiras expedições de Camaxilo e Alto Zambeze, em 1937 e 1939.