Menongue – Os feitos do primeiro presidente de Angola, Agostinho Neto, carecem de maior divulgação, por via do sistema escolar, advogou hoje, sexta-feira, na cidade de Menongue, o historiador Paulo Luís Vissunju.
Em declarações à ANGOP, acerca da vida e obra do fundador da Nação, que celebra o seu centenário em Setembro deste ano, o historiador desafiou o sector da educação a criar programas específicos, nas escolas do ensino de base, que visam dar a conhecer aos alunos o contributo prestado por António Agostinho Neto ao país.
Para Paulo Luís Vissunju, essa empreitada pode ser feita através de realizações de actividades culturais e desportivas, capazes de perpetuar Neto na vida dos angolanos, não só na academia, como, também, no ensino médio e primário.
O também director provincial da Cultura do Cuando Cubango solicitou aos académicos no sentido de fazerem um estudo aprofundado sobre Agostinho Neto, devido à sua dimensão histórica nacional e internacional.
Realçou que António Agostinho Neto também destacou-se na arte literária, escrevendo poemas, muitos dos quais reforçaram o sentimento de unidade nacional e patriotismo, tendo sido um nacionalista que representou, respondeu e incarnou os anseios do povo angolano.
Para si, o proclamador da Independência Nacional entendeu, com muita profundidade, aquilo que os angolanos queriam quando estavam sob o jugo do colonialismo português. Por isso, estes e outras acções tem que ser do domínio da nova geração, que terão a responsabilidade de passar este testemunho a outras nações.
Sublinhou que o centenário de Neto constitui para os angolanos um momento histórico de grande reflexão, porquanto os seus feitos são transcendentais, em que na dimensão cultural destaca-se o nascimento da Nação Angolana, sua cultura e raízes, depois para a nacionalista.