Luena – A composição do poema “Havemos de voltar”, de autoria de Agostinho Neto, primeiro Presidente de Angola e fundador da Nação, evidencia a sua dimensão histórica e política no resgate e conservação dos valores pan-africanos.
A afirmação é do coordenador da Brigada Pepetela, Justino Kandimba, movimento que tem promovido actividades literárias na província do Moxico, em declarações esta quinta-feira à ANGOP, no quadro de um evento relacionado com as festividades do 17 de Setembro, Dia do Herói Nacional.
Ao falar sobre “A dimensão política de Agostinho Neto: um olhar futurológica para a juventude angolana”, o prelector disse que a mensagem de Neto contida no referido poema apela à necessidade da população mais jovem salvaguardar os valores patrióticos.
“Hoje, estamos a verificar uma corrente contrária, onde cidadãos africanos tendem a abandonar o continente”, lamentou.
O também filósofo, que caracterizou Neto como “um revolucionário de renome, que se entregou às questões sociais do país”, defendeu o resgate do sentimento pan-africano no seio da juventude, com políticas públicas que visem a melhoria das condições sociais da população.
Incentivou a franja juvenil a estudar as obras poéticas de Agostinho Neto, para se entender melhor a dimensão política do fundador da Nação.
Nascido em 17 de Setembro de 1922, na localidade de Kaxicane, município do Icolo e Bengo, antes província do Bengo e actualmente Luanda, António Agostinho Neto faleceu em 10 de Setembro de 1979, em Moscovo, capital da Rússia, por doença. MT/TC//YD