Cacuaco – O músico e compositor Carlos Lamartine considerou, esta sexta-feira, em Cacuaco (Luanda), que independentemente da auto sustentabilidade de cada artista ou instituição, a cultura no país precisa de mais investimentos financeiros do Estado para se impôr.
Segundo Carlos Lamartine, que falava durante o acto de apresentação pública do Centro Cultural de Cacuaco, destinado a cultura e pesquisa científica, reinaugurado em Novembro do corrente ano pelo governador de Luanda, Manuel Homem, há necessidade de maior investimento na cultura e pesquisa, para que as mesmas possam ter valor e lugar de mérito e assim culminar com o reconhecimento nacional e internacional.
Para o artista, o Centro Cultural de Cacuaco, recém- inaugurado, é um património e conciliação que trará respostas positivas para arte e não só, pelo que apela aos jovens a cuidarem-no para servir também as gerações vindouras.
A instituição foi criada para os jovens desenvolverem acções que visam a integração cultural a nível das criações artísticas, como o canto, dança, teatro, entre outras.
Por seu turno, o administrador municipal de Cacuaco, Auzílio Jacob, realçou que o centro oferece qualidade para o desenvolvimento de acções que permitam aumentar a literacia e a capacidade do conhecimento dos cidadãos por via de um laboratório de informática , biblioteca com a capacidade para oito mil livros físicos e variados cursos.
Auzílio Jacob fez saber que o laboratório de informática, conectado a sete Universidades de diferentes países, denominadamente Itália, Bruxelas, Milão, Brasil (São Paulo), África do Sul e Cuba, vai permitir o acesso às ferramentas para pesquisa científica.
Sob gestão da associação “Movimento Nacional Angola Real (MNAAR), a infraestrutura é composta por um auditório com capacidade para 220 pessoas, uma biblioteca e 28 computadores conectados à Internet.
A sua reabilitação orçou em 242.939.564,98 kwanzas e aconteceu após 15 anos de paralisação.
De acordo com o vice-presidente do Movimento Nacional Angola Real (MNAAR), Mateus Sebastião, o novo centro cultural foi entregue à gestão com uma nova dimensão numa outra perspectiva que é a científica, o que não anula a componente cultural.
“Vamos continuar a criar esse novo casamento entre ciência e cultura, a nossa cultura precisa de mais suporte investigativo e será a trilha num olhar cultural”, rematou.
Os moradores da Nova Urbanização, no Distrito Urbano de Cacuaco, local que alberga o centro, manifestaram a sua satisfação e garantem cuidá-lo.
O espaço vai servir também para palestras, workshops e conferências e para formação em empreendedorismo, com destaque para culinária, pastelaria, decoração e informática.COF/SEC/VIC