Luanda - O emblemático grupo carnavalesco União Operário Kabocomeu desfila, neste momento, na Marginal de Luanda, em busca da sua mística, no regresso à classe do Carnaval de Luanda.
Exímio representante da dança “Kazucuta”, retrata do seu enredo todas as nuances da pandemia do Covid-19, destacando as suas consequências e perimicias vividas pelas famílias na altura.
Ao som da música “Uhaxi”, de Joaquim Júnior, e com carro alegorico com uma enfermaria montada, destaca também o esforço do governo no combate a esta doença, que fez milhares de vítimas nos anos de 2019, 2020 e 2021.
História do Grupo
O União Operário “Kabocomeu”, do ponto de vista estrutural, estético, prestígio, existente desde o período colonial, constitui, a par do União Kiela, União 54 e o União Mundo da Ilha, em verdadeira instituição cultural do Carnaval luandense.
Vencedor da primeira edição do Carnaval do pós-independência, em 1978, o União Operário “Kabocomeu” foi fundado no dia 2 de Janeiro de 1952, em Luanda, pelo bailarino Joaquim António, o carismático, "Desliza", operário de construção civil que trabalhou nos armazéns da firma, “Diogo e Companhia”, na época colonial.
As canções "João Domingos Yó" e "Makudié", temas clássicos e representativos do Carnaval de Luanda, são da autoria do grande "Desliza", seu eterno e valorizado comandante.
No entanto, outros nomes marcaram a vida, a história e a magnitude da obra da União Operário “Kabocomeu”: Joaquim Júnior, vocalista principal, Eugénio Filipe, vice-comandante, Adão Índio, José Manuel, dikanza, Zindoca, Antoninho, Antonica, Manuel Kilenge, Dafuba, Carlos Gouveia, Francisco Avelino, Aguenta Homem, Francisca Marcolino, Zita, Adão Alexandre e Santa Adelina, foliões que fizeram história no grupo. ART