Lubango- As Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) são fundamentais para divulgação do trabalho de um autor e alcance de um maior número de leitores, considerou hoje, terça-feira, no Lubango, a delegada da Brigada Jovem de Literatura na Huíla, Odeth Livingui.
Em declarações à ANGOP, a responsável afirmou que os autores devem encarar as tecnologias, quando bem usadas, como ferramentas de expansão do seu trabalho a um público “ilimitado”, sem grandes custos.
Afirmou ser visível a influência das novas tecnologias na literatura actual, desde a facilidade das pessoas acederem a internet para fazer o download de alguma obra literária, pois estão numa época em que quase tudo é base da informação digital e quando um escritor não se associa fica parado no tempo.
Apesar da facilidade de aquisição das obras, bem como menos oneroso para o autor fazer a publicação digital, Odeth Livingui garante que nem todo escritor opta pela exposição de suas obras na internet, alguns preferem o físico por garantir maior autenticidade.
“Os livros impressos são caros, nesta senda existe mais escritores a optarem pela publicação on-line e já é uma grande valia, pois tem-se um outro público, que muitas vezes têm preguiça de ler em físico, mas se encontram on-line criam interesse por intermédio do tema”, acrescentou.
Salientou que a província tem uma produção satisfatória, com pelo menos seis escritores da associação lançam suas obras, mas existe pouco apoio para que se tire um livro impresso.
Segundo a escritora, os apoios a nível provincial tem sido ínfimos, assim como têm dificuldades em encontrar patrocinadores, mas a associação tem recebido ajuda do governo local para realização das suas actividades.
“As vezes reclamamos muito que não temos apoio mas no anonimato ou quando as pessoas não nos conhecem é difícil obter apoio, então nós como escritores devemos divulgar mais o nosso trabalho”, reconheceu.
Por sua vez, a chefe do departamento provincial da Acção Cultural da Huíla, Elizandra Catraio, salientou que para além do apoio institucional têm apoiado na realização das actividades e promoção de formações em empreendeorismo cultural para que possam viver do ofício praticado.
Referiu que a principal dificuldade que os escritores deparam-se é a falta de patrocínios para a publicação de livros impressos, pois tem muitos autores têm as suas obras prontas, mas sem verbas para editar.
A Brigada Jovem de Literatura na Huíla existe desde Setembro de 1980 e controla 250 membros inscritos, em diversos géneros literários, desde líricos, narrativos, informativos, descritivos, entre outros.