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 Ndalatando capital da província do Cuanza Norte comemora 67 anos

     Efemérides              
  • Cuanza Norte • Sexta, 26 Maio de 2023 | 09h41
Vista parcial da Cidade de Ndalatando, província do Cuanza Norte
Vista parcial da Cidade de Ndalatando, província do Cuanza Norte
Lucas Leitão-ANGOP

Ndalatando – Ndalatando, capital da província do Cuanza Norte, comemora domingo (28), 67 anos de existência, desde que foi elevada à categoria de cidade,  através do Boletim Oficial de Angola do então governo português.

Dizem os estudiosos que a origem da designação Ndalatando deriva da aglutinação do nome de um antigo soba da região denominado Ndala e do seu filho Tando. A escolha do nome do soba deveu-se ao facto de o mesmo se ter notabilizado na resolução de vários problemas da região e do seu empenho na luta contra a ocupação colonial.

 Ndalatando, sede do município de Cazengo, possui 1.793 quilómetros quadrados de superfície compreendendo a comuna da Canhoca, Sectores de Zavula e Zanga, 117 Bairros, sendo 46 da periferia e 71 suburbanos, controlando 115 Autoridades Tradicionais e uma população estimada em cerca de 200 mil habitantes.

Maioritariamente descendente de Ngola, Ambaquistas, Ndanje-ya-Menha, Calulu e Golungo Alto, por razões sócio-históricas, culturais e económicas que a região viveu.

É limitado a norte pelo município do Golungo Alto, a leste pelos municípios de Lucala e Cacuso, e a sul e a oeste pelo município de Cambambe. O município é constituído pela comuna-sede, correspondente à cidade de Ndalatando, e pela comuna de Canhoca.

Conhecida como Cidade Jardim de Angola, Ndalatando está encravada aos pés do Morro de Santa Isabel e constitui um ponto obrigatório para quem gosta de viajar por lugares com ar fresco e retemperador, cuja exuberância da flor Rosa de Porcelana e suas pétalas atraem os visitantes.

 Factos históricos  

Como foi hábito das potências colonizadoras denominarem as cidades ou regiões pelos nomes dos seus conquistadores ou governantes, foi assim que em 1936 em homenagem ao então Presidente do Conselho de Ministros, o Senhor António de Oliveira Salazar em visita às terras angolanas, Ndalatando, é aportuguesada e baptizada com o nome de Salazar.

Alcançada a Independência em 1975, o Governo da então República Popular de Angola, desaportuguesou todos os nomes impostos às cidades pelo colonialismo e finalmente o nome de Salazar ficou apagado e devolveu-se o nome de Ndalatando, a partir de 18 de Julho de 1976, data em que foram expulsas todas as forças externas e internas que se opunham às Forças Armadas Popular de Libertação de Angola (FAPLA).

 Cazengo integrava as Povoações de Kamujekete, Kissecula, Protótipo, Pedra d'água, Guardachiga, Tumbinga, Catoco, Mutémua, Mulemba de Baixo e de Cima, Caxilo, Capexe, Cassassa, Caculuculo, Cazanga, Zavula, Kifue, Ngola Kafuxe Honga, e Ndala-tando, esta última sede do Município.

Neste contexto, Ndalatando vê a sua importância sócio económica crescer com a instalação dos serviços de luta contra epidemia de doença de sono e a introdução de várias culturas como: Algodão, Café, Palmar, Bananal, Cacau, Mandioca, Sisal, Girassol, Milho, Fruticultura, Horticultura e outras.

Nas suas sucessivas remodelações, foi progredindo com a construção de infra-estruturas do Estado português e privados, aproveitando assim a mão de obra barata negra, para trabalhos forçados.

 Tendo em conta o desenvolvimento que a região foi conhecendo com a presença dos colonatos de Protótipo, Tumbinga, Cambonda e São João, este ultimo que serviu de casa de reclusão para castigar (reeducar) todos que viessem a cometer não só em Angola, mas também Portugal e São Tomé.

A  partir dali, para impor a disciplina Administrativa do Conselho de Cazengo, foi nomeado o 1º Comerciante, o Senhor Vicente, para o cargo de 1º Administrador de Caculo-Camuinza, cujas estruturas para o funcionamento do Posto civil Administrativo estavam criadas.

 Com a evolução registada em Caculo - Camuinza, criação de Zavula à Posto Civil, Cazengo vê a necessidade de instalar a sua sede em Caculo-Camuinza, subordinando-se até 1869, ao então Distrito do Golungo Alto.

Em 1879, determinava -se que em Cazengo se vinculasse um julgado, instituído este 1º em Pungo a Ndongo. Foi então com a passagem do caminho de ferro de Ambaca que influiu decidida e fortemente na conveniência de transferir a Sede do Conselho de Cazengo desde Caculo Camuinza para Ndalatando, isto é, em 1900.

 Em 1905, eram fixados os limites da área, fundindo-se assim os Postos de Zavula e Caculo - Camuinza a 17 de Setembro de 1915.

Em Setembro de 1917, a Administração Portuguesa cria o Distrito do Kwanza, que mais tarde passou a designar.- se por Cuanza Norte, com sede em Ndalatando.

As razões da designação de Cuanza  Norte deveram-se à divisão hídrica do rio Kwanza.

Potencialidades turísticas e mineiras

Possui vários locais de interesse turístico e histórico para acomodar os citadinos, visitantes, homens de negócios e de investigação científica.

Encontram-se instalados nesta cidade Hotéis, Pensões, Restaurantes e Centros Recreativos, embora em quantidade reduzida, enquanto que as quedas dos rios Muembeji, Lucala, Lùssue, o Centro Horto Botânico do Kilombo, as Cataratas do Monte Redondo, a Fonte da Santa Isabel, as Furnas do Zanga e o Monte Belo, são dentre outros, lugares de beleza fascinante e empolgante.

Na localidade do Zanga, encontram-se as rochas de Mármore e Cal que já mereceu exploração na década de 50, que muito ajudou na aplicação das obras construídas na região do Cuanza Norte e não só, o Manganês e o Ferro mereceram atenção de prospecção para exploração. A abundância da pedra vulgar e da areia é incalculável.

Principais desafios

 

A carência de infra-estruturas habitacionais e terrenos infra-estruturados em zonas seguras constitui um dos principais desafios das autoridades.

Em função dessa carência, a cidade regista um crescimento desorientado com surgimento de novos bairros edificados em zonas de risco, como valas, cursos de água, entre outros obstáculos.

A nomenclatura desses novos aglomerados populacionais com destaque para "Quem me ama", "Kudinhenga" e "Umeira", confirmam essa realidade, que entristece os cidadãos da província, que de forma cíclica têm assistido cenários chocantes marcados por inundações provocadas pelas chuvas.

Para colmatar o défice habitacional, o Governo da Província tem em execução há mais de cinco anos (desde Março de 2018), a urbanização de Cazengo que, numa primeira fase, estão a ser construídos 14 edifícios, com quatro andares cada,   que vão  perfazer 212 apartamentos, na maioria do tipo T-3, orçada em  pouco mais de seis mil milhões de kwanzas.

Um outro projecto habitacional de auto construção dirigida que está a ser edificado no km 11, hás mais de três anos, localizado a leste da cidade de Ndalatando, sentido Malanje, foi concebido numa área de 262,32 hectares.

O plano de loteamento elaborado pelo Governo local, também visa definir a malha urbana da cidade, dar solução para a falta de espaços para a construção ordenada e fomentar a habitação social e a auto-construção dirigida.

Nesse projecto, estão a ser construídas 450 moradias financiadas pelo Presidente da República, João Lourenço.

 O projecto contempla zonas para a construção de campos de futebol, escolas, bancos, lojas e demais infra-estruturas sociais. Aos beneficiários serão entregues terrenos próximo ao projecto para desenvolverem actividades agrícolas.

O défice fornecimento de água potável, cuja solução será debelada com a conclusão do projecto em execução de captação a partir do rio Lucala, problemas do saneamento básico, assistência sanitária, entre outras, constituem as grandes preocupações dos munícipes de Ndalatando. EFM/IMA

 





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