Luanda - As aulas no ensino superior retomaram, esta sexta-feira, após o levantamento provisório da greve, decretada a 27 de Fevereiro pelo Sindicato dos Professores do Ensino Superior de Angola (SINPES).
Os docentes reclamam, entre outros pontos constantes do caderno reivindicativo, salários condignos e seguro de saúde.
A propósito, o secretário-geral do Sindicato dos Professores do Ensino Superior de Angola (SINPES), Eduardo Peres Alberto, avançou que a greve foi interpolada por um período de 30 dias, deliberação saída da assembleia extraordinária realizada a 5 de Maio.
Considerou que os professores, “por vontade patriótica” tiveram esta decisão, para não comprometerem o ano lectivo, porém adverte que esperam pela boa vontade política do Governo para a resolução dos dois pontos, caso contrário retomarão a 27 de Junho.
No entanto, o Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação considera que a maioria das reivindicações dos professores foram completamente sanadas e as restantes estão a cargo do Executivo.
Em declarações, recentemente, à imprensa, a titular da pasta, Maria do Rosário Bragança, explicou que dos quatros "pontos fracturantes", o salário e o seguro de saúde continuam assuntos ainda sem resolução.
"Todas as reivindicações fazem parte da pauta do próprio Governo. Umas foram sanadas completamente e outras estão em processo de implementação, mas subsistem esses dois factores que levou o sindicato a retomar a greve no passado dia 27 de Fevereiro", referiu.
Por outro lado, reconheceu a legitimidade dos professores de exercerem o seu direito à greve, apelando, no entanto, aos docentes que cooperarem para não deixarem danos aos estudantes. ML/ART