Ndalatando -Trinta e oito reclusos da cadeia da Comarca do Cuanza Norte, iniciaram, nesta quarta-feira, cursos de artes e ofícios nas áreas de serralharia, alvenaria, corte e costura, cozinha e pastelaria.
O reinício das aulas, após vários anos de paralisação por razões técnicas, enquadra-se no programa de formação técnico-profissional e académica da população penal local, visando a humanização dos serviços.
Na abertura do ciclo formativo, o director dos Serviços Prisionais no Cuanza Norte, Luís da Costa Dias, referiu que a acção formativa, além de proporcionar mais competências e habilidades aos reclusos, visa prepará-los para melhor reinserção social, assim como reduzir a ociosidade no seio da população penal.
A formação profissional, assinalou, é vista como factor preponderante na valorização do capital humano e das organizações e é um investimento com retorno efectivo para o desenvolvimento e diferenciação do recluso quando reintegrado na sociedade.
Explicou que os Serviços Penitenciários, através do Ministério do Interior e outros órgãos do Executivo e parceiros têm apostado na reabilitação dos reclusos, introduzindo no sistema penitenciário um conjunto de políticas estruturantes baseadas na universalidade e modernização.
Estas politicas, indicou, estão plasmadas em instrumentos jurídicos nacionais e internacionais em comunhão com a Declaração Universal dos Direitos Humanos e outras diplomas.
Além da vertente técnico-profissional, os reclusos beneficiam também de formação académica.
No presente ano lectivo 2023/2024, foram matriculados na instituição 182 reclusos, que frequentam aulas da alfabetização à 11ª classe.
O Delegado do Interior na província do Cuanza Norte, comissário António do Rosário Neto, aconselhou aos reclusos a aproveitarem a oportunidade para que possam se inserir da melhor forma na sociedade, após o cumprimento da pena.
De acordo com o director provincial do Instituto Nacional de Emprego e Formação Profissional (INEFOP), no Cuanza Norte, João Gaspar, serão igualmente implementados neste ano os cursos de mecânica e informática, no sentido de abranger maior número de reclusos.
Actualmente, o estabelecimento prisional da Comarca do Cuanza-Norte, com capacidade para 250 reclusos, conta com 446, dos quais 313 já condenados. EFM/IMA/OHA