Ondjiva - O reitor da Universidade Mandume ya Ndemufayo, Sebastião António, defendeu esta sexta-feira, na província do Cunene, o reforço das acções de investigação científica, como forma de fomentar o desenvolvimento da ciência e tecnologia no país.
O reitor fez este pronunciamento no final de uma visita ao Instituto Politécnico de Ondjiva, que visou inteirar-se das condições de trabalho e do funcionamento das unidades orgânicas afecta a Universidade Mandume ya Ndemufayo.
Baseada na sexta Região Académica, a Universidade compreende as províncias da Huíla, Cunene e Namibe.
Em declarações à ANGOP, Sebastião António anunciou constituir linhas orientadoras na promoção do desenvolvimento no domínio da investigação, bem como garantir maior interacção e troca de experiência entre a comunidade científica nacional e estrangeira.
Para tal, adiantou a intenção de reformular o ensino da Biologia no Cunene, para ciência, no sentido de atender algumas especificidades ligadas a conservação biodiversidade, alterações climáticas e outros fenómenos naturais que a região enfrenta.
Sebastião António lembrou ser missão da universidade identificar problemas e buscar soluções sustentáveis para solucionar os mesmos, facto que obriga os docentes a cultivar nos estudantes a cultura do mérito.
Defendeu ainda maior comprometimento dos docentes com o processo de ensino e aprendizagem, assim como um maior envolvimento dos estudantes e da comunidade académica no geral atingir a qualidade desejada.
Entretanto, realçou que as condições de ensino na província carecem de algumas melhorias, desde infra-estruturas, corpo docente e de laboratórios especializados em investigação científica.
“O que podemos constatar é a existência de laboratórios com condições básicas de ensino, aprendizagem e iniciação científica básica para conferir aos estudantes as componentes práticas, mas carece de equipamentos específicos para investigação,”sublinhou.
Outro sim, realçou que a abertura de novos cursos no Cunene, está condicionado não só pelas instalações, mas também da insuficiência corpo docente.
“O que vamos fazer é estudar as condições existentes, para contratação de docentes nacionais que permita abrir um curso e que funcione do primeiro ao quinto ano curricular de forma excepcional,”assegurou.
Durante a sua estadia no Cunene, o reitor manteve um encontro com o corpo docente, assim como efectuou visitas às diferentes áreas do Instituto Politécnico de Ondjiva.
O Instituto criado em 2009, conta com 16 salas de aulas, onde no presente ano lectivo, estão matriculados mil e 300 estudantes, nos cursos de Enfermagem, Análises Clínicas, Engenharias de Agronomia, Hidráulica, Informática e Biologia.