Ondjiva - Dez mil e 380 cidadãos de ambos os sexos, foram alfabetizados nos módulos I,II e III, durante o ano lectivo 2021/2022, na província do Cunene, no quadro do programa de alfabetização e aceleração escolar.
A informação foi prestada esta quinta-feira, pelo coordenador do programa de ensino de adultos na província do Cunene, Edmilson Wedeinge, realçando que dos alfabetizandos mil e um são do módulo I, quatro mil 809 do segundo e quatro mil 565 do III.
Em declarações à ANGOP, a propósito do Dia Internacional da Alfabetização (8 de Setembro), fez saber que o processo tem ajudado de forma satisfatória os adultos com atraso escolar a aprenderem a ler e escrever, dotando-os de conhecimentos necessários que facilitam a sua integração na sociedade.
Explicou que o objectivo fundamental do Ministério da Educação é permitir que a população adulta aprenda a ler e escrever, combatendo assim o analfabetismo, através dos programas Sim eu Posso, alfabetização e aceleração escolar e da educação de jovens e adultos.
Nesta senda, realçou que desde o ano 2007 até a presente data foram alfabetizados 247 mil 261 pessoas nos seis municípios da província.
As aulas de alfabetização condicionadas
Entretanto, realçou que para o presente ano, realçou que as aulas de alfabetização, encontram-se condicionadas, aguardando pela contratação de novos alfabetizadores.
Edmilson Wedeinge esclareceu que após a liquidação da dívida de 120 milhões 570 mil kwanzas, referente aos subsídios dos 844 alfabetizadores, não existe qualquer orientação para novos contratos por parte do ministério de tutela.
Actualmente o programa conta com auxilio de 60 voluntários de organizações da sociedade civil, igrejas e partidos políticos, número insuficiente para atender a extensão da província.
Disse que para alavancar o processo de ensino de adultos o sector carece de pelo menos 215 alfabetizados.
Lunda Sul
Em Saurimo, dois mil e 700 cidadãos vão frequentar, pela primeira vez, aulas de alfabetização no presente ano lectivo 2022/2023, na província da Lunda Sul, através, da expansão do projecto Educação de Jovens e Adultos (EJA), informou hoje, quinta-feira, o chefe de departamento para o Ensino, Jony dos Santos.
Em declarações à ANGOP, informou que o processo será assegurado por 90 alfabetizadores a nível dos quatro municípios da província, com objectivo de criar estratégias que permitam que mais cidadãos iletrados sejam abrangidos no processo a nível da região.
Explicou que para o presente ano lectivo, o Gabinete da Educação está a trabalhar na criação e abertura de mais salas de aulas nos bairros, mercados e igrejas naquelas localidades em falta.
Como solução, defendeu o aumento do investimento privado na região, o empoderamento dos iletrados que passa pela sua contínua formação técnico-profissional, assim como o envolvimento destes em iniciativas empreendedoras.
Por outro lado, revelou que a dívida dos alfabetizadores, era de 143 milhões e 640 mil kwanzas, deste valor, já foi pago 125 milhões e 190 mil, a 431 facilitadores, num universo de 505.
Acrescentou que os alfabetizadores em falta serão pagos tão logo concluam os seus processos com algumas entidades bancárias. A dívida é referente aos anos de 2016 a 2019.
No ano lectivo 2021/2022, a Lunda Sul alfabetizou sete mil e 500 cidadãos no II módulo e seis mil 959 no III.
O mundo celebra a 8 de Setembro o Dia Internacional da alfabetização, declarada pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura Unesco em 1967 com objectivo de elevar a abordagem sobre o tema e reduzir os índices de analfabetismo.
Em Angola, a luta contra o analfabetismo começou em 1975, logo após a independência nacional, numa iniciativa do primeiro Presidente da República, António Agostinho Neto.
Na altura estimava-se que 85 por cento da população angolana não sabia ler e escrever.