Lubango - O educador da 6ª classe, José Pedro, de 39 anos de idade, venceu o prémio “O melhor professor do ensino primário”, edição 2021/2022, realizado na escola primária número 1007, por iniciativa da Fundação Sagrada Esperança.
O prémio avaliado em três milhões de kwanzas, será dividido 600 mil kwanzas para o 1º classificado, 300 mil (segundo), 150 mil (terceiro), estando a outra parte reservada todos professores participantes e os membros do júri.
A iniciativa visa incentivar uma maior entrega e crescimento profissional, distinguir os que mais se dedicam ao ensino das novas gerações e prestam contribuições valiosas ao processo docente-educativo para melhoria das competências técnicas dos professores.
Entre os requisitos avaliados no prémio constam competências técnicas, dedicação, domínio científico dos conteúdos, perícia pedagógica, assiduidade, tacto no tratamento das actividades escolares e exta-escolares.
Em segundo e terceiro lugar ficaram as professoras Sílvia Nolé e Aida Ventura, respectivamente, num concurso em que participaram 11 professores, dos 48 da instituição escolar.
Ao falar do prémio após entrega hoje, quinta-feira, nesta cidade, o vencedor, professor há 18 anos, disse que vai continuar a trabalhar com os colegas, de forma humilde, para aprender mais e estar dentro dos requisitos.
“O que se ensina é ciência, mas como ensinar é alegria, entrega e sacrifício. Solicitou que os colegas se empenhem mais e façam o seu melhor, não vamos mudar o mundo, mas fazer a diferença nas nossas salas de aulas”, disse.
Já o coordenador do projecto da Fundação Sagrada Esperança, João Manuel, lembrou que em cada província, a Educação escolhe a escola que merece o prémio, uma recompensa de carácter nacional e paulatinamente vão chegar em todas as províncias do país.
Referiu estarem a pensar em alargar o número de escolas, de pelo menos três em cada província uma acção que iria promover mais competitividade, no seio dos docentes.
Já a vice-governadora para o sector Político, Económico e Social da Huíla Maria João Chipalavela, destacou que mesmo com as dificuldades, há muita vontade dos professores fazerem diferente na escola 1007, um coletivo de docentes que são referência do ensino primário na província.
Salientou que com isso pode-se começar a formação do homem novo, sempre nesta perspectiva , da escola nova, uma que responde às preocupações da democracia e que forma pessoas para o exercício da cidadania.
Enalteceu a organização do prémio em dar a primazia ao ensino primário, pois o mesmo é a base para fazer a diferença em todos os subsistemas de ensino de educação.
"A gestão escolar das escolas faz a diferença, se for interiorizada com essa profissionalização que precisamos, visão, estratégias que na sala de aulas não é só para ensinar a ler e escrever, mas sim para a formação do homem, faz a diferença", continuou.
Por sua vez, a chefe de departamento provincial de Educação e Ensino, Berta Morais, agradeceu a iniciativa e solicitou à fundação para continuar e querem que vão também no interior da província, pois querem dar o que é de direito a aqueles que realmente estão comprometidos com esta nobre tarefa.
A segunda edição do prémio, realizado em parceria com o Ministério da Educação, seleccionou no ano lectivo 2021/2022, três escolas em Cabinda, Huíla e Moxico. Para a terceira, 2022/2023 foram selecionadas uma escola, nas províncias do Cunene, Zaire e Lunda Sul.
A primeira edição foi feita na província do Bengo, em Setembro de 2020.
